As grandes penalidades fizeram sexta-feira justiça à Argentina, que bateu a Colômbia por 5-4, no desempate, e qualificou-se para as meias-finais da Copa América, depois de 90 minutos de domínio total não traduzido em golos.
A formação ‘albi-celeste’ manteve-se na corrida ao primeiro troféu desde 1993, e 14.º da sua história, mas sofreu muito, por culpa própria e também do guarda-redes colombiano Ospina, indiscutivelmente o melhor em campo.
O guardião do Arsenal fez duas defesas ‘impossíveis’ aos 26 minutos, a remates de Agüero e Messi, e, aos 80, desviou para o poste esquerdo um cabeceamento de Otamendi. Dois minutos antes, Banega tinha atirado à barra.
Os argentinos falharam nos 90 minutos e no desempate também desperdiçaram dois pontapés para a vitória, com Biglia a atirar ao lado e Rojo à barra, com 4-4. Tevez resolveu, ao 14.º pontapé, ‘imitando’ Messi, Garay, Benega e Lavezzi.
Quanto à Colômbia, não pode queixar-se da sorte, já que, ao longos dos 90 minutos, não efetuou mais do que dois inofensivos remates, aos 67, limitando-se a defender, muito e muitas vezes em falta. Acabar com 11 foi enorme proeza.
A Argentina mudou duas peças em relação ao fecho da fase de grupos, com os regressados Otamendi e Agüero em vez de Demichelis e Higuain, enquanto a Colômbia alterou quatro, incluindo a troca de Falcao por Jackson Martínez.
Os colombianos apostaram num ‘onze’ muito ofensivo, mas apenas no ‘papel’, pois a Argentina assumiu o comando desde o início, instalando-se junto à área contrária, com Di Maria envolvido em seis jogadas de perigo nos primeiros 24 minutos.
Perante o domínio avassalar da Argentina, mesmo com o árbitro a ‘ignorar’ muitas faltas dos colombianos, Pekerman foi ‘obrigado’ a trocar um dos avançados (Gutiérrez) por um médio (Cardona), deixando Jackson só na frente.
Ainda assim, nada mudou, e aos 26 minutos, a Argentina teve uma enorme ocasião, com Pastore a centrar da direita e Agüero a rematar para a defesa com os pés de Ospina, que, ainda pelo chão, elevou-se para deter o cabeceamento de Messi. Incrível.
Até ao intervalo, que chegou com a Colômbia com quatro amarelos e sem um mísero remate à baliza do ‘espetador’ Romero, os argentinos, com Messi mais interventivo, continuaram a ameaçar e desperdiçar.
Os ‘cafeteros’ entraram melhor na segunda parte, não ofensivamente, mas conseguindo conter a Argentina, que, mesmo atacando mais, deixou de conseguir criar perigo, o que, com o passar dos minutos, foi retirando confiança à equipa.
Aos 67 minutos, a Colômbia logrou, finalmente, os primeiros remates, primeiro por Ibarbo, com a bola a desviar em Zabaleta e a valer um canto, que James Rodriguez marcou, na esquerda, para um cabeceamento de Jackson à figura de Romero.
A Argentina voltou, rapidamente, a ‘mandar’ e, no espaço de três minutos, acertou duas vezes no ‘ferro’, primeiro por Banega, aos 78, e depois, aos 80, por Otamendi, de cabeça, após canto de Di Maria - Ospina desviou para o poste esquerdo e a bola passeou-se perto da linha, mas não entrou.
O golo da formação ‘albi-celeste’ voltou a estar muito próximo aos 88 minutos, com Zapata quase a marcar na própria baliza, ao antecipar-se a Tevez, lançado por Banega, mas Murillo conseguiu evitar quase sobre a linha. Messi ainda tentou uma última vez, mas tudo se resolveu nos penáltis.
Muriel desperdiçou o sétimo e, ao 10.º, Biglia falhou a vitória da Argentina, tal como Rojo ao 12.º, depois de Romero deter o pontapé de Zúñiga. Murrillo também não marcou o 13.º e, ao 14.º, Tevez materializou o terceiro ‘match point’.
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