O inglês Stephen Constantine, selecionador de futebol da India, considerou hoje que a chegada de veteranos à liga indiana não beneficia o futuro dos jogadores locais.
Na entrevista ao jornal Times of India, Constantine criticou a chegada de jogadores que haviam terminado a sua carreira.
O internacional português Simão Sabrosa é um dos jogadores que, aos 35 anos, vai experimentar a liga indiana, depois de ter ficado um ano sem jogar.
O experiente Roberto Carlos, de 42 anos, é outros dos veteranos que vai voltar aos relvados, depois de dois anos parado.
“Olhem o caso de Steven Gerrard e Frank Lampard. Ainda lhes falta um par de anos, nenhum deles quebrou a promessa de se retirar para vir jogar aqui”, declarou o inglês.
Embora constate o desenvolvimento do mercado do futebol na India, Constantine critica os gastos nos salários dos futebolistas de renome, o que impede o desenvolvimento dos jovens jogadores indianos.
“Vêm para cá ganhar milhões por apenas três meses. Que imagem damos nós aos nossos jovens futebolistas?”, questionou o britânico.
"Se a Espanha pôde optar por Diego Costa, se Portugal pode utilizar jogadores brasileiros, porque não exploramos nós essa opção também? Era a solução mais rápida", disse ainda Constantine.
A primeira edição da Superliga indiana teve uma duração de três meses e contou com figuras como os italianos Marco Materazzi e Alessandro Del Piero e os franceses David Trezeguet e Nikolás Anelka.
Esta segunda edição contará com a presença dos portugueses André Pereira, Edgar Marcelino, Miguel Herlein, Miguel Garcia, Henrique Dias e o guarda-redes luso-português Andrade, que recentemente se sagrou campeão do mundo de futebol de praia pela seleção das quinas.
O avançado Hélder Postiga poderá ser o próximo a juntar-se à armada lusa em território indiano.