Os jogadores do Santa Clara, através de um comunicado a que a agência Lusa teve acesso, demarcam-se daquilo a que chamam "bipartidarização" da SAD desde que Mário Batista foi destituído e eleito Rui Cordeiro como presidente.
Na primeira posição pública da equipa, os jogadores dizem "respeitar ambas as partes envolvidas no processo" e assumem-se "alheios aos problemas da definição de poder no seio da administração da SAD".
O Santa Clara tem vivido momentos conturbados desde que há um mês Mário Batista foi destituído do cargo de presidente da Santa Clara Açores - Futebol SAD, na mesma Assembleia-geral que elegeu Rui Cordeiro para a presidência da SAD, e que o levou a interpor uma providência cautelar alegando "ilegalidade" no processo.
No comunicado, que assume "carácter de urgência" e assinado por vinte jogadores do Santa Clara, a equipa reafirma a sua "neutralidade" em todo o processo e, enquanto trabalhadores do clube, entendem "não tomar partido por nenhuma das partes envolvidas".
Num documento com dezasseis pontos, os jogadores manifestam ainda a intenção de cumprir da "forma mais diligente, responsável e cumpridora possível" o contrato de trabalho que implica "treinar, jogar, dar o melhor em função de pretender alcançar os melhores resultados desportivos".
Por fim, os jogadores da equipa profissional do Santa Clara solicitam "a todos os envolvidos uma definição e clarificação oficial da situação, salvaguardando a equipa de futebol", sendo que fazem votos para que "esta situação rapidamente se resolva a bem da SAD e dos resultados desportivos".