O presidente da Liga de Clubes mostrou-se hoje desiludido com o chumbo do sorteio dos árbitros na Assembleia Geral (AG) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), mas avançando que a decisão não influenciará as eleições da Liga.
Na reunião magna, os 71 delegados da AG presentes (faltaram 13) reprovaram por larga maioria o sorteio dos árbitros, com 53 votos contra, 17 a favor e uma abstenção, e à saída da sede da FPF, em Lisboa, Luís Duque afirmou querer “mais transparência no que diz respeito à arbitragem”.
“No sentido em que viu recusada a retificação do seu regulamento, é uma derrota da Liga, mas eu penso que não podemos ficar por aqui, porque o sinal está dado, a vontade da maioria dos clubes foi aqui manifestada. Aquilo que nós queremos é mais transparência no que diz respeito à arbitragem para salvaguardar a verdade desportiva, é esse o nosso propósito”, afirmou.
Duque, que abandonou a sede da FPF antes de terminar a AG, deixou, no entanto, uma mensagem aos clubes que apoiaram a Liga nesta proposta, que, para o presidente da Liga, pretendem “mais rigor e transparência” em “prol da verdade desportiva”.
“Alguns clubes deixaram algum sinal daquilo que pretendem, independentemente da solução apresentada a curto prazo. O que eles pretendem é mais rigor e ainda mais transparência, tudo isto em prol da verdade desportiva. Vamos ter de pensar num caminho de diálogo, de concertação, para poder mudar e melhorar”, reiterou.
Luís Duque concorre novamente à presidência da Liga de clubes, na terça-feira, tendo o ex-árbitro internacional Pedro Proença como opositor, mas acredita que este chumbo não irá influenciar o ato eleitoral.