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Pedro Proença: «O futebol está condenado a ser uma atividade empresarial»

Pedro Proença, candidato à presidência da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), considera que "o futebol está condenado a ser uma atividade empresarial", sustentando que esse é o grande objetivo do seu projeto para o organismo.

Pedro Proença: «O futebol está condenado a ser uma atividade empresarial»
Futebol 365

Em entrevista à agência Lusa, antigo árbitro partilhou os três eixos do seu projeto para a LPFP: credibilização, criação de valor e internacionalização, considerando que os clubes têm de ser parte dessa solução.

"O futebol está condenado a ser uma atividade empresarial, não há outra forma de o ver, independentemente do desidrato final ser a paixão pelo jogo", revelou Pedro Proença.

Para Pedro Proença, "os clubes têm a capacidade de perceber que no futebol de hoje, pelas verbas que envolve e pelas obrigações legais, são vistos como empresas que têm como missão final ter as suas contas equilibradas para se poderem desenvolver".

Para impulsionar esse modelo de negócio que preconiza, o candidato acredita que a sua "experiência no futebol e na área profissional de gestão de empresas" tem o perfil para "credibilizar a Liga".

"O futebol profissional passou por dificuldades muito grandes, não só organizacionais como na sustentabilidade do próprio modelo de negócio, e acabou por se descredibilizar e afastar os patrocinadores", disse Pedro Proença.

O ex-árbitro considera que se tem de “reconquistar essa credibilidade que o futebol exige, criando um modelo de negócio que seja sustentável” para, depois, passar “à rentabilização dos ativos dos clubes, da marca da Liga”.

Nessa lógica de sustentabilidade e rentabilização, Pedro Proença elegeu a centralização dos direitos televisivos como uma premissa essencial.

"A televisão é um grande suporte financeiro para os clubes, basta ver os modelos de sucesso que há em toda a Europa. Tudo nos diz que a centralização será a melhor forma de negociar os direitos televisivos", apontou o ex-árbitro, considerando fundamental que os clubes estejam unidos, nomeadamente nesta matéria.

"Os clubes têm de se envolver neste negócio do futebol, independentemente dos seus objetivos desportivos, porque a questão do negócio, visto como um todo, dar-lhes-á mais condições financeiras, mas isso obriga a que se comprometam nesse objetivo".

Pedro Proença vai terça-feira a votos para um mandato de quatro anos presidência da LPFP tendo como adversário eleitoral Luís Duque, que nos últimos oito meses liderou a Comissão Executiva do Organismo.

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