O fim da carreira de Pedro Proença, considerado o melhor árbitro português de sempre, deixa um vazio difícil de preencher no arranque da época futebolística 2015/2016, em que os juízes continuarão a ser nomeados e não escolhidos por sorteio.
Ao todo, o quadro de juízes da primeira categoria é constituído por 24 árbitros e 48 assistentes, que obtiveram aproveitamento nos testes escritos e físicos realizados em julho, com oito internacionais, mas com duas saídas: Pedro Proença e Olegário Benquerença.
Recém-eleito presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Pedro Proença foi o único árbitro português a dirigir a final de um Campeonato da Europa, em 2012, ano em que também esteve presente na final da Liga dos Campeões, e parece não ter deixado sucessores à altura.
Com as saídas de Pedro Proença, Paulo Baptista e Olegário Benquerença, os elementos mais velhos do atual quadro de árbitros da primeira categoria passaram a ser Duarte Gomes e João Capela, com 42 anos, seguindo-se Carlos Xistra e Bruno Paixão, com 41 anos.
Duarte Gomes é também o mais experiente, com 19 épocas, mais uma do que Bruno Paixão e duas do que Carlos Xistra e Jorge Sousa, em contraponto com André Moreira, João Pinheiro, Luís Godinho, Rui Oliveira, Sérgio Piscarreta e Tiago Antunes, os seis estreantes na categoria principal.
Fábio Veríssimo e Tiago Martins substituíram Pedro Proença e Olegário Benquerença na lista de internacionais, que são também os únicos profissionais e integra ainda Artur Soares Dias, Carlos Xistra, Duarte Gomes, Hugo Miguel, João Capela e Jorge Sousa, com Marco Ferreira, despromovido e retirado, a manter as insígnias até dezembro.
A época poderá também ser marcada pela oposição entre os defensores da nomeação dos árbitros e do sorteio condicionado, que foi aprovado pela Liga de clubes, mas posteriormente ‘chumbado’ pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF).
O presidente do Conselho de Arbitragem da FPF, Vítor Pereira, responsável pelas nomeações dos árbitros e opositor do sorteio, já manifestou disponibilidade para se reunir com os clubes das duas ligas profissionais para debater o processo de nomeações e os respetivos critérios.
A relação de Pedro Proença com Vítor Pereira também poderá provocar alguns atritos no setor, que já terminou a época passada envolvido em polémica, quando o internacional Marco Ferreira, árbitro da final da Taça de Portugal, foi último classificado, optando por terminar a carreira antes de ser despromovido.
Entre o grupo de juízes que vão dirigir os jogos das I e II Ligas, a Associação de Futebol do Porto é a mais representada, com seis árbitros, seguindo-se Braga, com cinco, e Lisboa, com quatro.
O estreante André Moreira é o mais novo, com 27 anos, e o que frequenta o nível de ensino mais elevado, sendo estudante de mestrado em Biologia, numa lista em que há mais nove licenciados e 14 com o 12.º ano.
Lista dos 24 árbitros da primeira categoria:
Artur Soares Dias (Associação de Futebol do Porto)
André Moreira (Associação de Futebol de Leiria)
Bruno Esteves (Associação de Futebol de Setúbal)
Bruno Paixão (Associação de Futebol de Setúbal)
Carlos Xistra (Associação de Futebol de Castelo Branco)
Cosme Machado (Associação de Futebol de Braga)
Duarte Gomes (Associação de Futebol de Lisboa)
Fábio Veríssimo (Associação de Futebol de Leiria)
Hugo Miguel (Associação de Futebol de Lisboa)
João Capela (Associação de Futebol de Lisboa)
João Pinheiro (Associação de Futebol de Braga)
Jorge Ferreira (Associação de Futebol de Braga)
Jorge Sousa (Associação de Futebol do Porto)
Luís Ferreira (Associação de Futebol de Braga)
Luís Godinho (Associação de Futebol de Évora)
Manuel Mota (Associação de Futebol de Braga)
Manuel Oliveira (Associação de Futebol do Porto)
Nuno Almeida (Associação de Futebol do Algarve)
Rui Oliveira (Associação de Futebol do Porto)
Rui Costa (Associação de Futebol do Porto)
Sérgio Piscarreta (Associação de Futebol do Algarve)
Tiago Antunes (Associação de Futebol do Coimbra)
Tiago Martins (Associação de Futebol de Lisboa)
Vasco Santos (Associação de Futebol do Porto)