O presidente demissionário da FIFA, Joseph Blatter, acusou hoje o sul-coreano Chung Mong-Joon, candidato à sua sucessão, de ter “desrespeitado” todos os membros do organismo.
Em comunicado, Blatter manifestou-se “perturbado” com as acusações de corrupção do sul-coreano, que apresentou oficialmente na segunda-feira a candidatura à presidência da FIFA.
Nessa cerimónia, o magnata sul-coreano não poupou Joseph Blatter, um homem que está no poder “há 40 anos e o poder absoluto corrompe tudo”.
“Sinto-me perturbado ao ouvir o senhor Chung Mong-Joon a descrever a FIFA como uma organização corrupta. Ele não pode esquecer-se que foi vice-presidente da FIFA e membro do Comité de Emergência entre 1994 e 2011”, recordou o ainda líder da FIFA.
Blatter fez questão de “enfatizar” que a sua equipa continua a trabalhar “para atingir os mais altos padrões de gestão, ao serviço do futebol mundial”.
O presidente da UEFA, Michel Platini, e o antigo internacional brasileiro Zico já anunciaram também que são candidatos a liderar o organismo.
O príncipe jordano Ali bin Al Hussein, antigo vice-presidente da FIFA, ainda considera a possibilidade de concorrer às eleições de 26 de fevereiro de 2016.
A FIFA vive ‘mergulhada’ num escândalo de corrupção, divulgado após uma investigação do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, segundo o qual vários dirigentes e ex-dirigentes do organismo estarão envolvidos em atos de conspiração e corrupção nos últimos 24 anos, cujos subornos poderão ascender a 151 milhões de dólares (quase 140 milhões de euros).