O canoísta Emanuel Silva admitiu hoje que o K4 1000 contava apurar-se diretamente para a final dos Mundiais, mas garante que a tripulação não ficou afetada e sábado vai cumprir com o objetivo.
"Não foi aquilo que esperávamos. Acabou por ser a eliminatória mais rápida, pelo que temos o segundo melhor tempo geral. Já aconteceu isto anteriormente em Londres2012 em que eu e o Fernando Pimenta não fomos diretos à final e depois fomos vice-campeões olímpicos e com o K4 nos Mundiais de 2014 nos quais também fomos prata. Espero bem que isto seja um sinal", disse o atleta.
O atleta olímpico, juntamente com Fernando Pimenta, João Ribeiro e David Fernandes, ficou a 60 milésimos de segundo da Eslováquia, na eliminatória mais rápida, sendo que o triunfo valia um lugar imediato na regata das medalhas, na qual o sétimo lugar vale um lugar no Rio2016.
Emanuel garante que este percalço "não afeta nada", até porque, recorda, a tripulação veio preparada para disputar eliminatórias, semifinais e final, no único evento de qualificação olímpica para os K4 de ambos os sexos.
"É sempre complicado perder por esta margem tao pequena, mas dá para ganhar e perder. Nos Mundiais de 2014 e nos Jogos Olímpicos perdemos por diferença idêntica. É sempre sabor amago, mas temos de ver isto como prova que vimos com vontade para ganhar. Não vamos atirar a toalha ao chão, mas unir-nos", vincou.
Cinco horas antes da regata decisiva, Fernando Pimenta tem a final de K1 1000, mas Emanuel Silva acredita que tem tempo para recuperar, pois “já demonstrou que é muito bom atleta”, garantindo que contam “com ele, porque é muito forte e a vontade dele é ainda maior”.
"Não vamos pensar outro tipo situações ou acontecimentos que podem vir a passar. Temos de ser confiantes. Desejar a melhor sorte do mundo ao Fernando no K1 e à tarde todos unidos para repetir o que temos vindo a fazer, ser finalistas", completou.
O K4 500 de Joana Vasconcelos, Francisca Laia, Beatriz Gomes e Helena Rodrigues vai às meias-finais: “Sabíamos que passar diretas era muito difícil, pois íamos com a Hungria. Agora é outra prova na qual temos de dar tudo e aguentar-nos mais um pouco nos metros finais, pois tem tudo para correr bem”.
“A nossa confiança tem de ser alta. Se não confiarmos em nós ninguém o vai fazer. Temos e ser as primeiras a acreditar. Ainda falta uma prova e está tudo em jogo. Se fosse fácil também não tinha piada. Temos de saber lidar com os desafios. Este é mais um e estamos cá para nos bater por ele e chegar o mais longe possível”, reforçou Francisca Laia.
Maria Santos passou às meias-finais de C1 200 nas quais espera atingir a final B: "Se fosse até ao sexto lugar ficaria muito satisfeita, era uma boa meta".
A atleta, a única da comitiva que não compete em distância olímpica, lamentou ter batido no sistema de largada quando partiu, acreditando que em prova tão curta o seu desempenho ficou comprometido.