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O empresário sul-coreano Chung Mong-Joon acusou hoje o presidente da FIFA de ingerência na corrida para a liderança da organização e de "sabotagem" em relação à sua candidatura.
“Blatter está a tentar interferir nas próximas eleições para a presidência da FIFA, tal como já o fez no passado. Depois dos ataques ao presidente da UEFA, Michel Platini, a FIFA está agora apostada em sabotar a candidatura do senhor Chung. O senhor Blatter deve pôr imediatamente termo a esta interferência e demitir-se”, afirmou um representante do empresário.
A imprensa alemã noticia hoje, sem citar fonte, que Chung Mong-Joon, antigo vice-presidente da organização, tentou em 2010 favorecer a Coreia do Sul na atribuição do Mundial de 2022 – atribuído ao Qatar -, numa violação do código de ética da FIFA.
Em causa está uma oferta em 2010 de 777 milhões de dólares (682 milhões de euros) por parte de Chung ao comité executivo da FIFA para a criação de um fundo de apoio a projetos na área do futebol, alegadamente com a condição de o Mundial ser atribuído à Coreia do Sul.
Chung alega, por seu turno, que a sua oferta para o fundo foi então amplamente divulgada e que “muitos países”, incluindo o Reino Unido e o Qatar, submeteram planos para o desenvolvimento do futebol de montante igual ou superior.
O fundador da Hyundai formalizou esta semana a sua candidatura à presidência da FIFA, com críticas a Joseph Blatter e a promessa de reformar nos próximos quatro anos organismo, abalado por escândalos.
“O verdadeiro motivo pelo qual a FIFA se tornou uma organização corrupta tem a ver com o facto de a mesma pessoa [Blatter] estar lá há 40 anos. O poder absoluto corrompe tudo”, afirmou.
Em resposta o presidente demissionário da FIFA acusou o sul-coreano de ter “desrespeitado” todos os membros do organismo.
“Sinto-me perturbado ao ouvir o senhor Chung Mong-Joon a descrever a FIFA como uma organização corrupta. Ele não pode esquecer-se que foi vice-presidente da FIFA e membro do Comité de Emergência entre 1994 e 2011”, recordou o ainda líder da FIFA.
O presidente da UEFA, Michel Platini, e o antigo internacional brasileiro Zico já anunciaram também que são candidatos a liderar o organismo.
O príncipe jordano Ali bin Al Hussein, antigo vice-presidente da FIFA, ainda considera a possibilidade de concorrer às eleições de 26 de fevereiro de 2016.
