Crónica: Benfica aparece revigorado e ‘atropela’ Belenenses

Em vésperas de se estrearem na fase de grupos da Liga dos Campeões, frente ao Astana, e de se deslocarem ao Dragão, os 'encarnados' alcançaram um resultado volumoso, graças aos tentos de Mitroglou (cinco e 53 minutos), Jonas (17 e 40), Gaitán (60) e Talisca (63).

Esta foi, de resto, a vitória mais expressiva de Rui Vitória enquanto treinador principal, desde que iniciou a carreira em 2002, ao comando do Vilafranquense, então na II divisão B.

Depois de várias semanas afastado por lesão, o central Jardel regressou à titularidade e estreou-se na presente edição da I Liga, substituindo Lisandro López no eixo defensivo dos 'encarnados', ao passo que Talisca e Gonçalo Guedes relegaram Pizzi e Victor Andrade para o banco de suplentes.

Já os 'azuis' do Restelo também se apresentaram com três alterações na equipa inicial, relativamente ao último jogo, tendo Ricardo Sá Pinto lançado o médio Ricardo Dias, o estreante Kuca e o regressado Carlos Martins.

A paragem para jogos de seleções pareceu ter feito bem ao bicampeão nacional, que surgiu revigorado, autoritário e, acima de tudo, bastante mais agressivo e organizado, algo em que tinha pecado nos anteriores encontros desta época.

A mudança de atitude deu frutos logo numa fase prematura da partida, quando o grego Mitroglou inaugurou o marcador, na sequência de um cruzamento milimétrico de Jonas, na antecâmara do que seria uma noite desastrosa para o conjunto de Belém.

Os 'azuis' apresentaram-se bastante abaixo do que tem sido habitual esta época e revelaram-se impotentes para travar o balanceamento ofensivo do Benfica, que, pouco depois do quarto de hora, ampliava a vantagem, por Jonas, depois de uma boa jogada de envolvimento ofensivo.

Se na baliza das 'águias', Júlio César ia sendo um espetador privilegiado da partida, do lado contrário, Ventura deparava-se com a 'avalanche' atacante das 'águias', que resultaria em mais um tento, novamente por Jonas, desta vez a surgir no sítio certo, após um canto.

Ricardo Sá Pinto certamente não gostava do que via e, ao intervalo, lançou outro estreante, Luís Leal, que daria o primeiro sério aviso do Belenenses, testando a atenção de guardião benfiquista.

Apesar da vantagem confortável, a formação da Luz não abrandou o ritmo na segunda parte e, no espaço de 10 minutos, apontou mais três golos, prolongando o 'pesadelo' dos visitantes.

Mitroglou não quis ficar atrás do companheiro de ataque, Jonas, e também bisou, antes de Gaitán, após triangulação com o avançado brasileiro, e Talisca, numa 'bomba' a 30 metros da baliza, fecharem os números da partida.

Nesta altura, o Belenenses limitava-se a gerir os 'estragos' e, à exceção de um remate de Fábio Sturgeon ao lado, pouco mais houve a destacar, naquela que foi a primeira derrota dos 'azuis' esta época, a poucos dias da histórica estreia na fase de grupos da Liga Europa.