O Sporting recebeu e perdeu hoje com o Lokomotiv por 3-1, em jogo da primeira jornada do grupo H da Liga Europa em futebol, num jogo que ficou marcado pelo falhanço das alterações no ‘onze’ introduzidas por Jorge Jesus.
Não bastou ao treinador do Sporting a alteração forçada de Carrillo, quis ir mais além e procedeu a cinco mudanças em relação ao último ‘onze’, com as entradas de Tobias Figueiredo, João Pereira, Gelson Martins, Carlos Mané e Montero, deixando de fora, nomeadamente dois jogadores que têm sido nucleares: Bryan Ruiz e Slimani.
O risco foi evidente e o preço foi alto, uma vez que o Sporting foi uma equipa lenta e previsível durante toda a primeira parte, a procurar romper através de trocas curtas de bola e tabelas a ‘muralha’ defensiva russa, perante dificuldade de criar lances de envolvimento pelas alas, porque o Lokomotiv, que chegou à vantagem aos 12 minutos, defendia a toda a largura do relvado, na maioria das vezes com duas linhas de cinco homens.
Além de prescindir do seu melhor avançado, o argelino Slimani, a opção por Montero revelou-se, mais uma vez, uma aposta falhada, já que o colombiano esteve ‘ausente’ do campo durante toda a primeira parte, enredado entre a defesa russa e sem qualquer iniciativa visível.
Surpreendentemente, face ao desenrolar do jogo até ao intervalo, o treinador dos ‘leões’, não mexeu na equipa para a segunda parte, só o fazendo aos 63 minutos com a entrada simultânea de Bryan Ruiz e Slimani, que entraram para os lugares de Mané - outra exibição apagada - e Montero.
Este, na sua única intervenção digna de realce, restabeleceu o empate aos 50 minutos, num lance de inspiração coroado com um remate de ângulo difícil que surpreendeu o guarda-redes Guilherme, mas o Sporting continuou a pecar pelos mesmos defeitos da primeira parte, com um futebol lento, sem profundidade e sem capacidade para criar desequilíbrios.
A exceção a nível de acelerações e criatividade chamou-se Gelson Martins, a espaços, mas foi curto para as necessidades, perante um adversário que ganhou confiança cedo com o golo que marcou logo aos 12 minutos, num lance de contra-ataque iniciado pelo senegalês Niasse e concluído por Samedov, um golo, de resto, que nasceu de um passe horizontal do jovem jogador do Sporting, intercetado pela linha média russa.
O Lokomotiv adotou uma estratégia semelhante à do CSKA em Alvalade, para a Liga dos Campeões, com o bloco muito recuado e a jogar numa espaço curto do campo de modo a assegurar uma densidade elevada de jogadores, e procurando explorar o contra-ataque.
O Sporting passou toda a primeira parte a bater no ‘muro’ russo, sem soluções para o penetrar, incluindo a de levantar a bola para a área porque Slimani nem sequer lá estava.
Na segunda parte, sofreu mais dois golos em lances de contra-ataque e poderia ter sofrido um terceiro, aos 71 minutos, em que Niasse surgiu isolado na cara de Rui Patrício, mas este evitou o que seria o 1-4. Aliás, já nos jogos com o CSKA tinha sido percetível essa fragilidade, em que a equipa permite que o adversário surja lançado de trás em situações de dois contra dois ou três contra três.
O Lokomotiv não chegou a acusar o golo do empate, nem tão pouco a alterar o seu sistema de jogo, até porque voltou a marcar aos 56 minutos por Samedov a passe de Niasse, enquanto Jesus voltou a mexer tarde na equipa.
Quando lançou Bryan Ruiz e Slimani aos 63 minutos, viu o Lokomotiv fazer o terceiro golo dois minutos depois, um golo que estilhaçou o moral da equipa, que nunca mais teve força anímica para dar a volta ao jogo.
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