Um golo tardio de André André valeu hoje ao FC Porto um difícil triunfo em casa, por 1-0, sobre o Benfica, que lhe permitiu isolar-se provisoriamente na liderança da I Liga de futebol à quinta jornada.
No Estádio do Dragão, o jovem médio marcou o seu primeiro golo com a camisola do FC Porto aos 86 minutos e, além de assegurar a vitória no primeiro grande ‘clássico’ do campeonato, ajudou a cavar um fosso de quatro para o rival.
Sempre em altas rotações e em várias posições no terreno, o reforço portista mereceu decidir um desafio que os ‘dragões’ fizeram por ganhar, nomeadamente no segundo tempo, mais determinados e ousados, depois de uma primeira parte em que foram uma nulidade ofensiva, perante um Benfica mais objetivo e perigoso.
Os ‘azuis e brancos’ somam agora 13 pontos, mais quatro do que o Benfica e mais três do que o Sporting, que na segunda-feira pode voltar a igualar o FC, caso ganhe na receção ao Nacional.
Num desafio com muito músculo - várias situações disciplinares podiam ter influenciado o rumo do encontro - e pouca arte, Julen Lopetegui venceu pela primeira vez o Benfica - à terceira tentativa -, enquanto o conjunto de Rui Vitória perdeu o segundo ‘clássico’ da época, depois da derrota na Supertaça com o Sporting.
O FC Porto começou por imprimir bastante intensidade ao seu jogo, mas a verdade é que o ‘gás’ durou pouco, já que, em duas bolas paradas, o Benfica ameaçou e serenou o rival, ganhando até ascendente.
Gaitán (08 e 11) marcou os cantos à direita e à esquerda e Casillas brilhou por duas vezes, negando, em ambas, o golo a Mitroglou: na primeira, cabeceou ao poste mais distante, nas costas de Ruben Neves, e, no segundo lance, desviou um primeiro cabeceamento de Luisão, quase enganando o espanhol.
Até ao intervalo, voltou a a haver emoção apenas aos 27 minutos, quando Gonçalo Guedes cruzou na direita, mas Mitroglou não chegou à emenda, numa altura em que o FC Porto era incapaz de entrar na área do Benfica, que em futebol corrido também já tinha dificuldades em progredir.
Extremamente rigoroso e disciplinado em termos táticos, com as linhas juntas e próximas, o Benfica não dava espaço e era também mais esclarecido e maduro em campo, perante um FC Porto sem um criativo para iluminar o seu jogo ofensivo, no qual os extremos Brahimi e Corona foram facilmente anulados.
O FC Porto mudou o ‘chip’ no balneário e logo aos 48, em lance de insistência, André André cruzou para o ‘voo’ de Aboubakar, que atirou de cabeça ao poste.
Aos 59, os mesmos protagonistas, com Aboubakar a ganhar em velocidade a Jardel, mas Júlio César a sair e a negar-lhe o golo: o camaronês caiu e ainda recuperou a bola, mas, à meia-volta na pequena área, não teve o equilíbrio necessário para acertar com a baliza.
Os ‘encarnados’ sentiram-se ameaçados pelo claro crescimento adversário e Eliseu (68), Gonçalo Guedes (71) e Mitroglou (73) atiraram à baliza, mas sem o mesmo perigo da reposta de Brahimi (74), que encontrou o corpo de Luisão no caminho.
O golo que o FC Porto fez por justificar no segundo tempo chegou aos 86 minutos, em iniciativa de Brahimi com colaboração preciosa de Varela, com um toque a desmarcar André André, que, perante Júlio César, atirou para o fundo das redes, fazendo o único golo do encontro e justificando o título de melhor em campo.
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