Um tribunal de Trinidad e Tobago aceitou um recurso dos advogados de Jack Warner e decidirá sexta-feira se aprova a extradição para os Estados Unidos do antigo vice-presidente da FIFA.
Na segunda-feira, o procurador-geral de Trinidad e Tobago autorizou a extradição de Jack Warner, acusado de corrução, crime organizado e branqueamento de capitais pelas autoridades norte-americanas, mas os advogados do antigo dirigente da FIFA recorreram da decisão do procurador, alegando que a ordem foi formalizada depois da data limite de 16 de setembro.
A equipa de advogados de Warner, em liberdade a troco de uma caução de quase 400.000 dólares (cerca de 358.000 euros), depois de ter sido detido em finais de maio, alega também que o governo de Trinidad e Tobago mostrou “parcialidade” neste processo, com “manifestações persecutórias” contra Jack Warner.
A decisão final será agora tomada por um tribunal na sexta-feira, depois de um colégio de juízes “ouvir todas as partes”.
Warner foi vice-presidente da FIFA entre 1983 e 2011 e é uma das principais figuras no escândalo de corrupção que assola o organismo e que motivou a demissão do ainda presidente Joseph Blatter.
A FIFA foi abalada por este escândalo de corrupção em maio, a dois dias da reeleição de Blatter, num processo aberto pela justiça dos Estados Unidos e que levou a acusações a 14 dirigentes e ex-dirigentes.
No início de junho, Blatter apresentou a demissão, abrindo o caminho para novas eleições, marcadas para 26 de fevereiro.
O príncipe jordano Ali bin Al Hussein, antigo vice-presidente da FIFA, o francês Michel Platini, presidente da UEFA, o sul-coreano Chung Mong-Joon, também antigo vice-presidente da FIFA, e o ex-futebolista brasileiro Zico já anunciaram que são candidatos.