O Sporting falhou hoje o assalto à liderança isolada da I Liga Portuguesa de futebol, ao empatar sem golos no reduto do Boavista, num encontro da sexta jornada, disputado no Estádio Bessa, no Porto.
O grande vencedor deste ‘nulo’ e da jornada acabou por ser o Benfica, que ganhou ao Paços de Ferreira e colocou-se a dois pontos tanto do FC Porto como do Sporting, líderes com 14.
No Boavista, Tiago Mesquita manteve-se como lateral direito, depois de, na ronda anterior, ter substituído Samuel Inkoom, que nem convocado foi.
Sem Carrillo, o técnico ‘leonino’ deu a titularidade a Gelson Martins e deixou William Carvalho, Aquilani e Teo no banco.
O encontro começou como se esperava, com o Sporting mais virado para o ataque, procurando encurralar o Boavista com trocas de bola sucessivas e uma pressão imediata sobre a bola.
Era evidente que os ‘axadrezados’ sentiam grandes dificuldades nas saídas para o ataque, quase sempre mortas à nascença ou muito rapidamente. Pertenceu-lhes, porém, a primeira grande ocasião de golo, na sequência de um livre, com Zé Manuel, isolado, a cabecear para fora (13 minutos).
Depois desse susto, os ‘leões’ retomaram as rédeas do jogo e voltaram ao meio-campo boavisteiro, mas deparam com uma equipa coesa, organizada num bloco baixo e muito disponível para a luta pela bola e pelos espaços junto à sua área.
Aos 27 minutos, o Sporting beneficiou de um livre e Slimani introduziu a bola na baliza ‘axadrezada’, mas Artur Soares Dias anulou o lance, por alegada falta do avançado argelino.
A equipa de Jorge Jesus teve muito mais bola, pressionou e ganhou vários cantos e livres. Num destes (41 minutos), e devido a uma das poucas falhas defensivas do Boavista, quase marcou, por Montero, mas Henrique travou a marcha da bola para a baliza.
A pressão do Sporting acentuou-se nos minutos finais da primeira parte, graças a um futebol intenso e, em resultado disso, o guarda-redes Mika teve de se aplicar a fundo para evitar o golo, aos 43 minutos, e manter o nulo com que se chegou ao intervalo.
A dúvida para o segundo tempo era se o Sporting iria manter a pressão ofensiva e a intensidade e se o Boavista seria capaz de resistir e, eventualmente, de ameaçar Rui Patrício, que até aí quase não tinha trabalhado.
O que se verificou foi que os ‘leões’ mantiveram o seu domínio territorial, empurrando o adversário para trás, e o Boavista não teve outro remédio se não acantonar-se nas imediações da sua baliza e tentar a sua sorte com contra-ataques esporádicos.
Insatisfeito, Jesus reforçou a aposta atacante, substituindo Montero por Teo, depois Bryan Ruiz por Carlos Mané e, por fim, João Mário por William Carvalho, que, assim, voltou à competição após uma paragem devido a lesão. No Boavista, Petit refrescou a equipa com Uchebo e Anderson Carvalho.
Os ‘leões’ continuaram a carregar, em busca do golo, dos três pontos e da liderança isolada do campeonato, e o Boavista continuou a defender-se com ‘unhas e dentes’, de um modo geral com grande eficácia.
Já na ponta final, Slimani perdeu um duelo direto com Mika, que, sublinhe-se, teve pouco trabalho.
Em resumo, o Sporting atacou muito e muito mais do que o Boavista, mas fê-lo sem grande qualidade e encontrou pela frente um opositor que, pela forma decidida como defendeu, fez jus ao ponto conquistado. Este foi o primeiro empate fora do Sporting, depois de três vitórias.
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