A Guiné-Bissau prepara os dois jogos de outubro com a Libéria, de qualificação para o Mundial de futebol de 2018, no meio de incertezas quanto aos fundos necessários para custear a operação.
Fontes da Direção-Geral do Desporto (Governo) e da comissão técnica da Federação de Futebol da Guiné-Bissau (FFGB) disseram à Lusa que o facto de o país estar sem executivo há mais de 40 dias está a dificultar a preparação dos jogos de 08 e 13 de outubro, em Bissau e Monróvia, respetivamente.
No total serão precisos 180 milhões de francos CFA (cerca de 274 mil euros) para suportar viagens, alimentação, alojamento e transporte dos jogadores e equipa técnica.
A Federação "já tem em mãos" o orçamento para os dois jogos, disse à Lusa fonte do organismo, adiantando ser "complicado o desbloqueamento dos fundos" devido ao facto de não existir um responsável do Governo que faça movimentar a documentação no Ministério das Finanças.
A Guiné-Bissau, treinada pelo português Paulo Torres, perdeu com o Congo, por 4-2, a 05 de setembro, em jogo de qualificação para a Taça das Nações Africanas (CAN).
Na altura, as despesas de 120 milhões de francos CFA foram suportadas pela FFGB, com a promessa de ser ressarcida assim que o Governo fosse formado.
Longe das dificuldades para o desbloqueamento de verbas, o selecionador guineense prossegue os contactos com atletas do país radicados em Portugal com vista ao reforço dos ‘Djurtus’ para o jogo contra a Libéria.
Paulo Torres quer contar com Abel Camará (Belenenses), Tomas Dabó (Arouca) e Piqueti Djassi (Sporting Braga B) para se juntarem à seleção guineense, o que a acontecer seria a primeira vez para os três atletas.
É intenção de Paulo Torres ter os jogadores concentrados numa unidade hoteleira em Lisboa, na sexta-feira, para alguns treinos antes da viagem até Monróvia, dois dias antes do jogo.