O Ministério da Justiça da Suíça aprovou a extradição para os Estados Unidos do costa-riquenho Eduardo Li, um dos dirigentes da FIFA detidos em maio, quando eclodiu uma crise sem precedentes no organismo que rege o futebol.
“O departamento federal de justiça (FoJ) aprovou a extradição de Eduardo Li para os Estados Unidos. O cidadão costa-riquenho tem 30 dias para recorrer para o Tribunal Criminal Federal Suíço da decisão do FoJ”, lê-se no comunicado do Ministério da Justiça judicial helvético.
Li, antigo presidente da federação de futebol da Costa Rica, foi detido a 27 de maio, em Zurique, na sequência de uma investigação das entidades norte-americanas sobre a venda de direitos de transmissão de jogos de futebol.
As detenções decorreram da colaboração entre as instâncias judiciais suíças e a procuradoria de Nova Iorque, sob acusação de terem aceitado subornos e comissões desde os anos 90, a troca de favores.
Nesse mesmo dia, o Ministério Público da Suíça suíço abriu uma investigação a alegados atos de corrupção nas eleições das sedes para os Mundiais de 2018 (na Rússia) e 2022 (no Qatar).
A FIFA foi abalada por este escândalo de corrupção em maio, a dois dias da reeleição de Joseph Blatter para a presidência do organismo, no processo aberto pela justiça dos Estados Unidos e que levou a acusações a 14 pessoas, nove das quais dirigentes da FIFA e quatro empresários, ligados à área do 'marketing' desportivo.
O príncipe jordano Ali bin Al Hussein, antigo vice-presidente da FIFA, o francês Michel Platini, presidente da UEFA, o sul-coreano Chung Mong-Joon, também antigo vice-presidente da FIFA, e o ex-futebolista brasileiro Zico já anunciaram que são candidatos à sucessão de Blatter.