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Emigração dá maior experiência e maturidade à seleção feminina de futebol

A crescente emigração das futebolistas portuguesas tem feito evoluir a modalidade no país, conferindo uma maior experiência e maturidade à seleção que a pode catapultar para objetivos mais ambiciosos.

Emigração dá maior experiência e maturidade à seleção feminina de futebol

“É uma mais-valia para a seleção ter jogadoras a competir no estrangeiro, pois aporta outra qualidade que infelizmente o campeonato português ainda não tem, mesmo evoluindo claramente. Dá outro ritmo competitivo à seleção”, frisa Cláudia Neto, em declarações à Lusa.

Aos 27 anos, a jogadora do Linkopings FC, e candidata a melhor médio do futebol sueco, confia que essa evolução se fará a tempo de integrar a primeira seleção a disputar a fase final de uma grande competição: “Acredito plenamente que irei a um Europeu”.

“Em Portugal o futebol feminino está a evoluir, mas ainda não ao mesmo nível do alemão, inglês ou sueco. É uma mais-valia para nós, enquanto seleção, que possamos ajudar as nossas colegas em Portugal”, acrescenta Ana Borges, recentemente campeã pelo Chelsea, em Inglaterra.

A avançada entende que o país tem “muita qualidade” e recorda, como exemplo, que “há dois anos as sub-19 foram a uma fase final”, sendo que várias dessas atletas já subiram à seleção principal.

“As mais novas agora chegam à seleção com o espírito de lutar por um lugar, sem abdicar da sua ambição por competir com jogadoras mais velhas. É essa mentalidade que tem feito subir a qualidade, seja aqui, seja nos clubes”, acrescentou.

Depois de ter sido campeã pelo Chelsea, Ana Borges deseja vingar com as cores do seu país, atingindo a fase final de uma grande competição: “Já merecemos, pelas jogadoras, ‘staff’ e toda a gente que trabalha bastante pelo futebol feminino em Portugal”.

O selecionador, Francisco Neto, assume que a emigração de várias atletas tem ajudado ao crescimento da seleção, nomeadamente através da quantidade de treino a que são submetidas e ao facto de poderem dedicar-se exclusivamente ao futebol.

“Em Portugal há muita qualidade no treino, mas, infelizmente, as jogadoras não conseguem estar disponíveis tanto tempo quanto gostariam. E isso faz a diferença. No estrangeiro conseguem viver apenas do futebol, o que permite ter outro tipo de trabalho”, concluiu.

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