Greg Dyke, presidente da federação inglesa de futebol (FA), afirmou hoje que a organização vai investigar as declarações de Joseph Blatter, o presidente suspenso da FIFA, sobre um acordo para entregar o Mundial de 2018 à Rússia.
Blatter dissera à agência de notícias russa TASS que existia um acordo para entregar o Mundial de 2018 à Rússia e depois o de 2022 aos Estados Unidos, mas o presidente da UEFA, Michel Platini, com o apoio do então presidente francês, Nicolas Sarkozy, estabeleceu alegadamente um plano de apoio à candidatura vencedora de 2022, a do Qatar.
A Inglaterra foi candidata a 2018, mas foi eliminada na primeira volta de votações, só com dois votos no Comité Executivo da FIFA.
"Vamos olhar com pormenor para o que Blatter diz", afirmou Dyke perante a Comissão de Cultura, Media e Desporto do Parlamento britânico. "Suspeito que a resposta (de Blatter) vá ser 'fui mal citado'. Mas se disse mesmo aquilo, deve ser investigado", acrescentou.
Para Dyke, "nada do que diga Blatter surpreende muito", no atual contexto: "Se ele diz 'queríamos a Rússia', e parece que o queria definido mesmo antes da votação, está a sugerir que já estava tudo arranjado".
A FA gastou 29,1 milhões de euros na fracassada candidatura para 2018, dos quais perto de oito por cento de financiamento público, verba que Dyke diz que seria "muito bom" ver de volta.
Dyke acrescentou que não há planos para a Inglaterra avançar, caso seja retirada à Rússia a organização do próximo Mundial ou ao Qatar o Mundial de 20122.