A Federação Palestiniana de Futebol indicou hoje a Jordânia como palco dos jogos com a Arábia Saudita e a Malásia, mas manifestou-se contrariada com a imposição de disputar em terreno neutro as partidas de qualificação para o Mundial2018.
O presidente federativo, Jibril Rajoub, aludiu a pressões da Arábia Saudita para que o jogo não se realizasse em Ramallah, anunciando que vai pedir o seu adiamento, por considerar que até segunda-feira a seleção palestiniana não terá tempo para se preparar convenientemente.
Na quarta-feira, a FIFA anunciou a decisão de alterar o local dos jogos entre a Palestina e as seleções da Arábia Saudita e da Malásia, invocando “razões de segurança” para obrigar a que os encontros se realizem em terreno neutro.
A decisão foi tomada após uma reunião entre técnicos de segurança da FIFA e elementos das autoridades locais, um dia depois de a Arábia Saudita ter informado o organismo regulador do futebol mundial que iria faltar ao jogo marcado para hoje, em Ramallah.
A FIFA explicou em comunicado que a razão para o recuo na decisão de fazer disputar o encontro em Ramallah está a incapacidade dos responsáveis palestinianos em “assegurar as condições de segurança necessárias para a realização do jogo”.
A FIFA tinha antes rejeitado a pretensão da Arábia Saudita, que alegou “circunstâncias excecionais” para pedir a realização em terreno neutro do encontro entre as duas seleções, inicialmente marcado para 21 de outubro, mas que foi adiado para 05 de novembro.
A partida com a seleção saudita, que a Palestina pretende adiar novamente, ficou por fim marcada para segunda-feira, 09 de novembro, três dias antes do embate com a Malásia, que vai disputar-se a 12, na data inicialmente prevista.
A Palestina já tinha aceitado alterar a ordem dos jogos do grupo A de apuramento – que integra também Timor-Leste -, uma vez que deveria ter jogado inicialmente em casa, em junho, mas acedeu a deslocar-se à cidade saudita de Jeddah, onde perdeu por 3-2.