A organização da Maratona do Porto criticou hoje a Federação Portuguesa de Atletismo (FPA) por esta só ter publicado os tempos mínimos para os Jogos Olímpicos Rio2016 na véspera da prova, acusando os dirigentes de "enganar toda a gente".
"Temos incompetentes à frente da federação. É inacreditável que só ontem [sábado] tenham publicado os tempos. Isso levou a que atletas que podiam estar aqui não estejam. A federação enganou toda a gente", afirmou Jorge Teixeira, da organização da 12.ª Maratona do Porto, que está a cargo da RunPorto.
O responsável falava aos jornalistas após a chegada dos primeiros atletas que completaram a prova de 42 quilómetros esta manhã, sendo que os atletas africanos lideraram.
Em masculinos, só à quinta posição tiveram um português, Paulo Gomes, que corre pelo Benaventense (2:23.13 horas).
Em femininos, duas portuguesas, Joana Nunes do Adercus (2:51.45 horas) e Rosa Madureira do Penafiel (2:55.50), completaram o pódio em segundo e terceiro lugar respetivamente, mas para a organização foi "triste" a ausência de outros atletas lusos de topo.
"Isto está ao nível do que melhor se faz no mundo. Toda a gente vê isso, só não vê quem não quer ver", referiu Jorge Teixeira, que confessou ter o "sonho" de na edição 20 "ver a competir pelo menos 1.000 pessoas por cada ano de maratona".
Em jeito de balanço, o responsável deixou a certeza de que a Maratona do Porto, "a única maratona nacional com a marca ‘Maratona de Portugal’", segundo afirmou, vai manter o seu quartel-general (partida e chegada) no chamado Queimódromo, junto ao Parque da Cidade, onde se estreou este ano, para "perturbar o menos possível os residentes" e garantir "cada vez maiores e melhores condições".
A 12.ª Maratona do Porto decorreu nas cidades do Porto, Matosinhos e Vila Nova de Gaia, juntando atletas de 53 países dos cinco continentes.
Além da maratona, o evento contou com duas vertentes, as provas dos 15 quilómetros e dos seis, juntando um total cerca de 15 mil corredores.