O uruguaio Eugenio Figueredo, ex-presidente da Confederação Sul-americana de Futebol (CONMEBOL), aceitou a extradição para os Estados Unidos, revelou hoje Ministério Federal da Justiça da Suíça.
O antigo dirigente encontra-se detido na suíça desde 27 de maio, no processo de corrupção que abalou a FIFA pouco antes das eleições do organismo máximo do futebol mundial.
A polícia e a justiça suíça comunicaram hoje que Eugenio Figueiredo aceitou a extradição, à semelhança do brasileiro José Maria Marín, antigo presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), e outro dos detidos, que também o aceitou a 28 de outubro.
Ambos fazem parte de um grupo de dirigentes e ex-dirigentes da FIFA detidos em Zurique e suspeitos de terem aceitado luvas de mais de 100 milhões de dólares (mais de 90 milhões de euros).
Dos detidos em maio, Jeffrey Webb, originário das Ilhas Caimão e antigo vice-presidente da FIFA, aceitou a sua extradição para os Estados Unidos em julho.
Os outros responsáveis da FIFA detidos mantêm a recusa em serem extraditados, indicando que irão recorrer para o tribunal penal Federal, o que já aconteceu com o venezuelano Rafael Esquivel.
A 15 de outubro, a justiça suíça autorizou a extradição para os Estados Unidos do nicaraguense Júlio Rocha, também um dos sete dirigentes da FIFA detidos no final de maio em Zurique.
A Nicarágua também tinha pedido a extradição do dirigente, detido desde 27 de maio, o que foi aceite pela Suíça, mas apenas se os Estados Unidos não evocassem prioridade, o que acabou por acontecer.
A partir de setembro, as autoridades helvéticas deram o seu aval à extradição a mais quatro dirigentes: Rafael Esquivel, antigo presidente da Federação venezuelana e membro executivo da Confederação sul-americana (CONMEBOL), o uruguaio Eugenio Figueredo, antigo vice-presidente da CONMEBOL e vice-presidente da FIFA, Eduardo Li, antigo presidente da Federação da Costa Rica, e o britânico Costas Takkas, antigo adjunto do presidente da Confederação da América do Norte, Central e Caraíbas.