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Rússia-Portugal: Fernando Santos é o primeiro a prescindir de Ronaldo

O treinador Fernando Santos é o primeiro selecionador português de futebol a prescindir, voluntariamente, dos serviços do ‘capitão’ e grande ‘estrela’ da equipa, Cristiano Ronaldo: vão passar a ser quatro as ausências no ano de 2015.

Rússia-Portugal: Fernando Santos é o primeiro a prescindir de Ronaldo

Com o brasileiro Luiz Felipe Scolari, Carlos Queiroz e Paulo Bento, o jogador do Real Madrid não somou, em mais de 10 anos, uma única ausência por opção técnica de qualquer lista de convocados, algo que o atual selecionador inaugurou agora, para os particulares na Rússia e Luxemburgo.

Depois de, também exclusivamente por sua vontade, ter dispensado o ‘capitão’ dos jogos com Itália (16 de junho) e Sérvia (11 de outubro), ambos segundos encontros de jornadas duplas, Fernando Santos optou agora por nem chamar Ronaldo, o melhor marcador da história da formação das ‘quinas’.

Por opção de um selecionador, que não por castigo ou lesão, é preciso recuar mais de uma década para encontrar uma lista de convocados sem Ronaldo: aconteceu em novembro de 2003, para os particulares com Grécia (15) e Kuwait (19).

Scolari optou por não chamar o ‘miúdo’ de 18 anos, que se estreara a 20 de agosto, face ao Cazaquistão (1-0), em Chaves, ‘cedendo-o’ aos sub-21, que jogavam com a França, na mesma altura, o ‘play-off’ de acesso ao Europeu da categoria.

Depois disso, Cristiano Ronaldo falhou apenas 25 dos 137 jogos realizados Portugal até ao final da ‘era’ Paulo Bento, mas sempre por razões claras, como castigos ou lesões.

A primeira ausência aconteceu para o particular com o Egito, a 17 de agosto de 2005, e foram “problemas pessoais” a retirá-lo da convocatória.

Em 2006, também só perdeu um jogo, na fase final do Mundial, frente ao México, sendo poupado, com Portugal já apurado, até porque já tinha um amarelo e podia falhar os ‘oitavos’.

No ano seguinte, em junho, falhou os embates com Bélgica (de apuramento para o Euro2008) e Kuwait (particular) porque estava castigado para o encontro oficial.

Em 2008, não esteve em cinco jogos: foi desconvocado do particular com Grécia devido a lesão, poupado na fase final face à Suíça, com Portugal já apurado para os ‘quartos’, e falhou os embates com Ilhas Faroé, Malta e Dinamarca, a abrir a época 2008/09, devido a lesão.

Devido a problemas físicos, foi excluído, após ser convocados, dos particulares na Estónia e Liechtenstein, e foi também por lesão que, ainda em 2009, em outubro e novembro, não defrontou Malta e Bósnia-Herzegovina (duas vezes), no ‘play-off’ de acesso ao Mundial de 2010.

Em 2010, novamente lesionado, foi desconvocado da jornada dupla de arranque da qualificação para o Europeu de 2012 (empate com Chipre e derrota na Noruega), cenário que se repetiu em 2011, desta vez em dois particulares em março.

No ano seguinte, falhou apenas um encontro, o particular no Gabão, do qual foi dispensado devido a lesão, o mesmo motivo que, em 2013, lhe custou a ausência num embate a ‘feijões’ com o Brasil. Nesse ano, esteve ausente ainda em dois jogos por castigo.

Finalmente, em 2014, falhou os jogos de preparação para o Mundial com Grécia e México, já em plena concentração para a fase final, e ainda, por lesão, o adeus de Paulo Bento, o arranque da qualificação para o Euro2016 (0-1 com a Albânia).

Em resumo, e em mais de 10 anos, Cristiano Ronaldo falhou jogos por castigo, por lesão, uma vez por problemas pessoais e duas em fases finais, com Portugal já qualificado, mas nunca porque os vários técnicos prescindiram dos seus serviços.

Com Fernando Santos, o paradigma mudou e o ‘capitão’ não foi eleito para os particulares com Rússia e Luxemburgo, que, segundo o selecionador luso, marcam o arranque do Europeu de 2016 para a seleção das ‘quinas’.

O jogador que no Real Madrid não falha um minuto que seja em todos os jogos já tinha sido, anteriormente, dispensado de dois encontros, o particular com a Itália, em junho, e o jogo de qualificação, mas a ‘feijões’, com a Sérvia, em outubro.

Nessas jornadas duplas, Cristiano Ronaldo jogou 90 minutos nos embates inaugurais e, assim que os mesmos terminaram, foi dispensado por opção dos segundos. Desta vez, nem o primeiro de dois particulares jogará.

“Porque é que só falam do Cristiano Ronaldo? Eu já disse que ele é indiscutível. Porque é que só falamos do Cristiano Ronaldo?”, questionou Fernando Santos, quando confrontado com o porquê dos jornalistas para a ausência do ‘capitão’.

O facto de ser ‘Bola de Ouro’ e ‘Bota de Ouro’ em título, melhor marcador da história da seleção lusa - com 55 golos em 123 jogos (apenas menos quatro do que Figo) - do Real Madrid e das três últimas edições da ‘Champions’ e da presente terá, certamente, algo a ver com isso.

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