O presidente do município de Londres, Boris Johnson, vai assistir ao 'amigável' de futebol entre França e Inglaterra, na terça-feira, de modo a expressar a sua solidariedade ao povo francês, alvo dos atentados terroristas de sexta-feira.
O autarca da capital britânica considerou hoje ser “absolutamente acertado” que a partida programada entre as duas seleções não tenha sido suspensa, apesar da onda de ataques simultâneos da autoria de terroristas do Estado Islâmico em Paris, que resultaram em 129 mortos, segundo as autoridades gaulesas.
“As horríveis atrocidades perpetradas em Paris foram um ataque contra o nosso estilo de vida, a nossa liberdade e a nossa democracia”, afirmou Johnson, em declarações à imprensa britânica.
Não existe “melhor resposta a esta ideologia de ódio do que continuar com as nossas vidas, os nossos amores e as nossas paixões”, segundo o político conservador.
“O futebol é uma paixão e é absolutamente acertado que a partida de amanhã seja disputada e que os adeptos ingleses se possam unir aos seus primos franceses em solidariedade e comemoração para desfrutar do melhor futebol internacional”, justificou.
O primeiro-ministro inglês, David Cameron, afirmara horas antes, à BBC, que não teria qualquer problema em levar os seus filhos ao jogo: “Sim, levaria. É muito importante que continuemos com as nossas vidas.”
O grupo extremista Estado Islâmico reivindicou no sábado, em comunicado, os atentados de sexta-feira em Paris, que causaram pelo menos 129 mortos, entre os quais dois portugueses.
De acordo com o último balanço feito pelos hospitais, das 415 pessoas que foram atendidas nos hospitais após os ataques, pelo menos 42 feridos continuavam no domingo à tarde em vigilância intensiva em unidades de reanimação.
Os ataques, perpetrados por pelo menos sete terroristas, que morreram, ocorreram em vários locais da cidade, entre eles uma sala de espetáculos e o Stade de France, onde decorria um jogo de futebol entre as seleções de França e da Alemanha.
A França decretou o estado de emergência e restabeleceu o controlo de fronteiras na sequência daquilo que o presidente francês François Hollande classificou como “ataques terroristas sem precedentes no país”.