A República da Irlanda garantiu hoje um lugar no Euro16, ao receber e vencer por 2-0 a Bósnia-Herzegovina, em jogo da segunda mão do 'play-off' de apuramento para a fase final.
A figura da partida foi o avançado do Stoke City Jonathan Walters, autor dos dois golos que colocaram os irlandeses a caminho de França, o primeiro de penálti, aos 24 minutos, e o segundo a finalizar ao segundo poste um livre em que a bola foi mal aliviada por um defesa bósnio, aos 70 minutos.
A vitória revelou-se indiscutível tendo em conta que os irlandeses justificaram a vantagem no marcador a meio da primeira parte, mercê de uma entrada forte no jogo, em que pressionaram e forçaram os bósnios a defender junto à sua área.
O penálti resultou de um lance no flanco direito do ataque irlandês, na sequência de um cruzamento para a área em que a bola tocou no braço de um defesa bósnio, a curta distância, mas o conceituado árbitro holandês Bjorn Kuipers não hesitou em apontar para a marca da grande penalidade.
A perder por um 1-0, e com necessidade de marcar para igualar a eliminatória – as duas seleções empataram a um golo em Zenica, na sexta-feira passada, na primeira mão –, a Bósnia reagiu de imediato, subiu no terreno em bloco e forçou a formação irlandesa a defender no seu meio-campo.
No entanto, o ataque bósnio raramente colocou em dificuldades a organização defensiva irlandesa, que esteve sempre coesa a defender e confortável a sair para as transições ofensivas, pelo que a vantagem da equipa da casa ao intervalo era mais do que justificada.
A Bósnia bem tentou na segunda parte chegar ao empate, mas faltou manifestamente lucidez e criatividade ao seu ataque, carências que se foram agravando à medida que o tempo escorria, dando à seleção irlandesa sempre a sensação de controlar o jogo.
O golo de Jonathan Walters, a 20 minutos do fim, foi o 'xeque-mate' na Bósnia, que teve um assomo de brio e de inconformismo no último quarto de hora, em que chegou a atirar uma bola à barra já em período de compensações.