O príncipe Ali bin Al Hussein, um dos cinco candidatos confirmados à presidência da FIFA, anunciou a sua presença hoje no jogo particular de futebol Inglaterra-França, em Wembley, onde se prestará homenagem às vítimas dos atentados de Paris.
“Aplaudo a decisão da Federação Francesa de Futebol em jogar este encontro frente à Inglaterra. Tal como muitos outros, tenciono ir ao jogo e mostrar a minha solidariedade para com o povo francês e as vítimas do terror”, salientou Al Hussein.
Em comunicado, o príncipe jordano disse ainda que o propósito do terrorismo é o de “abalar o quotidiano e criar divisões, medo e ódio”, mas que “o futebol mantém-se unido perante esta mentalidade odiosa”.
“Pensamos nas vítimas, nas suas famílias e nos feridos em Paris. Na Jordânia estamos, infelizmente, familiarizados. Há poucos dias assinalámos o décimo aniversário de um atentado terrorista que matou muitos cidadãos. Perdi amigos e família”, acrescentou Ali bin Al Hussein, lembrando o atentado de novembro de 2005 em Amã, que vitimou 57 pessoas.
O grupo extremista Estado Islâmico reivindicou no sábado, em comunicado, os atentados de sexta-feira em Paris, que causaram pelo menos 129 mortos, entre os quais dois portugueses.
Os ataques, perpetrados por pelo menos sete terroristas, que morreram, ocorreram em vários locais da cidade, entre eles uma sala de espetáculos e o Stade de France, onde decorria um jogo de futebol entre as seleções de França e da Alemanha.
A França decretou o estado de emergência e restabeleceu o controlo de fronteiras na sequência daquilo que o presidente François Hollande classificou como “ataques terroristas sem precedentes no país”.