O presidente suspenso da UEFA, o francês Michel Platini, acusou hoje o Comité de Apelo da FIFA de falta de isenção, no dia em que foi rejeitado o seu recurso, e revelou que irá recorrer para o Tribunal Arbitral do Desporto (TAS).
Platini acusa o Comité de ser um órgão “de acusação da FIFA”, pela “via das suas instâncias internas”, e recorrerá para o TAS, o qual considera “independente e sério”, segundo informaram hoje os seus advogados, numa nota enviada à AFP.
De acordo com os mesmos, a FIFA “organiza – e ninguém o tenta esconder – uma estratégia deliberada e inadmissível de atraso da campanha de Michel Platini para a presidência” do organismo.
Os advogados de Platini reiteram agora a “confiança no TAS para reestabelecer todos os [seus] direitos”.
Hoje, o Comité de Apelo da FIFA, presidido por Larry Mussenden, rejeitou os recursos de Joseph Blatter e Michel Platini e confirmou, na totalidade, as suspensões de 90 dias impostas pelo Comité de Ética do organismo do futebol mundial.
“O Comité de apelo da FIFA rejeita o recurso, na totalidade, e confirma a integridade da decisão respeitante a medidas provisórias tomadas pelo Comité de Ética a 07 de outubro de 2015”, começa por referir, em comunicado, a FIFA em relação a Joseph Blatter.
Em relação a Platini, o Comité de Apelo salienta igualmente a rejeição do recurso apresentado, da decisão tomada a 07 de outubro e confirmada, posteriormente, a 20, depois de ter sido ouvida a parte interessada.
Esta decisão surge após os recursos apresentados pelo presidente demissionário da FIFA e pelo francês Michel Platini, da UEFA, que foram suspensos provisoriamente por 90 dias, em consequência do escândalo de corrupção na instituição.
Na ocasião, o secretário-geral da FIFA, o francês Jérôme Valcke, também foi suspenso provisoriamente por 90 dias.