A Agência Mundial Antidopagem (AMA) revelou na quarta-feira que vai avaliar a possibilidade de passar a responsabilizar-se pelos controlos em todas as modalidades, como sugeriu o Comité Olímpico Internacional (COI).
Após uma reunião no Colorado, nos Estados Unidos, a AMA decidiu criar um grupo de trabalho com representantes das federações internacionais e do COI, “para avaliar esta ideia”, segundo uma nota distribuída após o encontro.
De acordo com a AMA, este grupo enviará as suas conclusões na próxima reunião da agência, em maio.
Pouco depois da reunião no Colorado, o presidente do COI, Thomas Bach, saudou esta decisão da AMA, esperando agora que o novo grupo de trabalho “possa reunir o mais depressa possível”, de forma que seja tomada uma decisão célere e que os controlos antidoping “sejam mais independentes das federações”.
Na mesma reunião no Colorado, a AMA decidiu suspender, com efeito imediato, a agência russa (RUSADA), alegando que esta não cumpre com o código antidoping.
De acordo com Rene Bouchard, dirigente da AMA, o organismo foi "unânime em considerar que a RUSADA deveria ser declarada não-conforme com efeito imediato".
Esta medida já era aguardada, depois de uma investigação de um painel independente da AMA ter encontrado diversas falhas no programa antidoping russo.
A decisão também impede a Rússia de organizar eventos internacionais, embora o país já tenha perdido o direito de acolher eventos de atletismo, devido à recente suspensão por parte da Federação Internacional de Atletismo (IAAF).