A comissão responsável pela investigação à atribuição dos Mundiais de futebol da Rússia, em 2018, e do Qatar, em 2022, anunciou hoje ter detetado mais de 120 transações financeiras suspeitas relacionadas com as escolhas da FIFA.
Um porta-voz do Gabinete do Procurador-Geral da Suíça (OAG), citado pela agência France Presse, refere que a comissão recebeu dos serviços financeiros de investigação mais de 120 relatórios de transações suspeitas relacionadas com a adjudicação dos Mundiais.
"Estes relatórios estão relacionados com os processos penais em curso em torno da atribuição da organização dos campeonatos do Mundo de futebol de 2018 e 2022", refere o porta-voz.
O comité executivo da FIFA votou em dezembro de 2010 a atribuição dos Mundiais de futebol de 2018 e 2022, numa decisão polémica que gerou logo suspeitas de corrupção negadas prontamente pela Rússia e pelo Qatar.
Mohamed Bin Hammam, ex-vice-presidente da FIFA e presidente da Confederação Asiática de Futebol, tem sido uma figura central em muitas das alegações deste processo.
Bin Hammam, que a comissão deseja que colabore na investigação e que é tido como figura central na atribuição do Mundial do Qatar, em 2022, foi banido pela FIFA em 2012 após o seu nome ter surgido envolvido em processos de suborno.