As autoridades suíças estão a avaliar se o antigo vice-presidente da Confederação Sul-americana de Futebol (CONMEBOL) e da FIFA Eugénio Figueiredo será extraditado para os Estados Unidos ou Uruguai, o seu país de origem.
O antigo dirigente encontra-se detido na Suíça desde 27 de maio, no âmbito do processo de corrupção que abalou a FIFA pouco antes das eleições do organismo máximo do futebol mundial.
Eugénio Figueiredo aceitou a extradição para os Estados Unidos, mas as autoridades uruguaias também solicitaram o mesmo.
“As autoridades dos Estados Unidos solicitaram prioridade na extradição. Vamos avaliar o processo e tomar depois uma decisão”, disse à AFP um porta-voz do Ministério da Justiça suíço, sem revelar a data estimada para a decisão final.
Eugénio Figueiredo faz parte de um grupo de dirigentes e ex-dirigentes da FIFA detidos em Zurique e suspeitos de terem aceitado ‘luvas’ de mais de 100 milhões de dólares (mais de 90 milhões de euros).
Dos detidos em maio, Jeffrey Webb, originário das Ilhas Caimão e também antigo vice-presidente da FIFA, aceitou a sua extradição para os Estados Unidos em julho.
Os outros responsáveis da FIFA detidos mantêm a recusa em serem extraditados, indicando que irão recorrer para o tribunal penal Federal, o que já aconteceu com o venezuelano Rafael Esquivel.
A 15 de outubro, a justiça suíça autorizou a extradição para os Estados Unidos do nicaraguense Júlio Rocha, também um dos sete dirigentes da FIFA detidos no final de maio em Zurique.
A Nicarágua também tinha pedido a extradição do dirigente, detido desde 27 de maio, o que foi aceite pela Suíça, mas apenas se os Estados Unidos não evocassem prioridade, o que acabou por acontecer.