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O presidente do comité organizador do Mundial de 2006, Franz Beckenbauer, criticou hoje a Federação Alemã de Futebol (DFB) por não o ter ouvido no âmbito das alegadas suspeitas de compra de votos para a organização da prova.
Os atuais responsáveis da DFB, Rainhard Rauball e Rainer Koch, disseram – após ter sido descoberto um pré-acordo assinado entre Beckenbauer e o presidente da CONCACAF, Jack Warner – que esse documento indicava, pelo menos, a intenção de compra de votos.
Franz Beckenbauer, em declarações publicadas hoje no jornal Süddeutsche Zeitung, refere que, depois de Rainhard Rauball e Rainer Koch o terem criticado publicamente, escreveu-lhes uma carta, que ficou sem resposta, em que se disponibilizava a esclarecer o assunto.
Beckenbauer, antigo internacional e selecionador alemão, já prestou em outubro declarações a uma comissão encarregada pela DFB para investigar a alegada compra de votos para obter a organização do Mundial de 2006.
Na votação, que decorreu em 2000, a Alemanha ganhou o direito de organizar o Campeonato do Mundo por uma vantagem de um voto, tendo conquistado 12, contra os 11 da África do Sul, após a abstenção do neozelandês Charles Dempsey.
Franz Beckenbauer, que presidiu ao comité organizador do Mundial de 2006, negou a compra de votos, apesar de a DFB ter reconhecido que efetuou um pagamento de 6,7 milhões de euros à FIFA, mas que não estaria relacionado com o torneio.
O antigo futebolista alemão chegou a assumir que cometera um "erro" enquanto presidente do comité organizador, mas garantiu que não comprou votos para ter o direito de sediar a prova.
A 10 de novembro, o vice-presidente da Federação Alemã de Futebol (DFB) Rainer Koch disse que é tempo de o ex-futebolista Franz Beckenbauer falar sobre as alegadas irregularidades na atribuição do torneio.
O antigo vice-presidente da FIFA Jack Warner, de Trindade e Tobago, negou já qualquer acordo com o Comité de organização do Mundial de 2006 de futebol, dirigido por Franz Beckenbauer.
O ex-responsável da FIFA faz parte do grupo de dirigentes e ex-dirigentes acusados pela justiça de terem cobrado subornos num valor de cerca de 150 milhões de dólares (cerca de 137 milhões de euros) desde o início dos anos 90.
