Foi desta forma que João Gabriel, diretor de comunicação do Benfica, se insurgiu contra as 'pressões' de Bruno de Carvalho sobres os árbitros.
Em entrevista ao jornal 'A Bola', João Gabriel deixa duras críticas ao comportamento do Sporting e fala numa estratégia dos 'leões' para condicionar a arbitragem. Jorge Jesus também não é esquecido.
«Os árbitros foram insultados por uma acusação torpe de corrupção que depois recuou para repetidas insinuações de benefício ou favorecimento. E como é que os árbitros reagiram? Em vez de agir judicial ou disciplinarmente, contra quem fez essa acusação, deixaram-se condicionar ao ponto de errarem sistematicamente a favor do Sporting. Hoje é mais difícil marcar um penálti contra o Sporting que Portugal cumprir com o seu défice externo».
O diretor de comunicação dos 'encarnados' comentou também a postura de Pedro Proença relativamente às acusações de Bruno de Carvalho em relação aos 'kits' e 'vouchers' oferecidos pelo Benfica aos árbitros.
«O presidente da Liga não pode limitar-se a dizer num comentário marginal numa cerimónia pública que a questão das ofertas do Benfica era um fait diver. Tem de assumir que quem coloca em causa a seriedade e a idoneidade dos árbitros tem de ser penalizado, que quem desvaloriza a Liga portuguesa tem de ser penalizado. De nada adianta ir a Madrid discutir a Liga Ibérica quando não se consegue pôr ordem na competição que lidera em Portugal. O presidente da Liga deve assumir publicamente se o comportamento que quer dos dirigentes dos clubes de futebol é aquele que o presidente do Sporting tem assumido ou, pelo menos, se concorda com ele. O seu silêncio indicia que sim, e, se é assim, vamos retroceder 10 ou 15 anos».
João Gabriel deixou, ainda, vários recados a Jorge Jesus referindo-se a «plantéis superiores» que passaram «um período de três anos sem ganhar o título, dois deles perdidos nos últimos jogos».
Na mesma entrevista diz ainda que se Jorge Jesus «tivesse ouvido mais o Rui Costa, não teria perdido duas Liga Europa, uma final da Taça de Portugal e, principalmente, dois campeonatos em que tinha uma mão-cheia de pontos de avanço no último terço da competição».