O Paços de Ferreira recebeu e venceu hoje o União da Madeira por 6-0, igualando a maior goleada registada na Primeira Liga em 2015/16, num jogo da 13.ª jornada marcado pela eficácia pacense e desacerto madeirense.
Nas pisdadas da vitória doi Benfica sobre o Belenenses (6-0), Romeu inaugurou o marcador aos nove minutos, iniciando o final de tarde de pesadelo para a equipa insular, que ainda viria a sofrer mais dois golos na primeira parte, por Bruno Moreira, aos 21, e Andrezinho, aos 36.
Bruno Moreira, que ‘bisou’ aos 46, de grande penalidade, antes de falhar um penálti, Christian, de livre direto, aos 51, num lance que contou com a colaboração do guarda-redes André Moreira, e Diogo Jota, aos 67, anotaram os restantes, igualando os números da maior goleada conseguida pelos pacenses na sua história de I Liga, diante do Salgueiros, em 2001/02 (10 de março de 2002).
Roniel e Christian foram as novidades no ‘onze' do Paços de Ferreira, em substituição de Pelé, hoje relegado para o banco, e Edson Farias, titulares na derrota no Dragão, frente ao FC Porto (2-1), na última jornada, enquanto no União, Luís Norton de Matos repetiu a equipa que recebeu e venceu o Tondela (2-0).
Os dois amarelos exibidos aos seis minutos a jogadores pacenses prenunciavam dificuldades que nunca se confirmaram, apesar da qualidade individual de alguns elementos da formação madeirense.
Os aceleradores de jogo do União, Amilton e Breitner, estiveram sempre bem vigiados e, também, faltava agressividade na recuperação da bola, com as linhas separadas, o que facilitava a vida ao Paços, uma equipa de processos simples, mas organizada e objetiva.
Para piorar a estratégia da formação insular, a permeabilidade defensiva facilitou a tarefa aos pacenses, que marcaram na sequência do primeiro pontapé de canto do jogo, por Romeu, ao segundo poste, de joelho, na recarga a um remate devolvido por André Moreira.
Nos dois cantos seguintes, sempre pela esquerda e todos batidos por Andrezinho, a mesma tática quase resultava em golos para os pacenses, novamente por Romeu, jogador que trabalhou condicionado a semana toda e esteve em dúvida para o jogo.
Sem necessitar de acelerar o jogo, o Paços explorou bem as facilidades e foi eficaz na finalização: Bruno Moreira, aos 21 minutos, fez o segundo, a concluir uma jogada do compêndio de contra-ataques, envolvendo mais quatro elementos, e Andrezinho, aos 26, com um desvio feliz num defesa, anotou o terceiro.
Este lance surgiu após um livre perigoso de Christian, travado por André Moreira, naquela que viria a ser segunda das três defesas efetuadas em todo o jogo, e foi anterior a uma das primeiras ações de Roniel no encontro, com um centro-remate a que faltou apenas um desvio.
Com 15 minutos para jogar na primeira parte, o União estava ‘moribundo’ em campo e nem o remate exterior de Breitner, aos 32 minutos, conseguiu espevitar uma equipa que, antes do jogo, ocupava um intranquilo 15.º lugar.
Norton de Matos trocou duas unidades ao intervalo, mas, no reatamento, uma mão na bola de Diego Galo na área do União provocou grande penalidade e anulou quaisquer possibilidades de reação, com Bruno Moreira a marcar, contrariando a vontade de Roniel, e a somar o seu sétimo golo no campeonato, 11.º em todas as competições.
O União estava entregue e pior ficou quando Christian, cinco minutos depois, desfeiteou de livre André Moreira, muito mal batido no lance.
À vontade no jogo, o Paços ameaçou um resultado ainda mais volumoso, mas Bruno Moreira falhou o terceiro da noite, também de grande penalidade, após entrada faltosa de Soares sobre Jota, que fecharia a contagem aos 67, num final de jogo em que Hélder Lopes e Fábio Martins também ficaram perto do golo.
Com esta vitória, o Paços de Ferreira ascendeu provisoriamente ao sexto lugar, com 20 pontos, mais dois do que o Vitória de Setúbal, que ainda hoje recebe o Benfica, enquanto o União da Madeira caiu para 16.º, com os mesmos 10 pontos.
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