O presidente demissionário da FIFA, Joseph Blatter, saiu hoje sem prestar declarações da sede da FIFA, onde foi ouvido pelo Comité de Ética, por implicação no escândalo de corrupção que atingiu a instituição.
Blatter, a cumprir uma suspensão de 90 dias, esteve na sede da FIFA durante oito horas e saiu da mesma forma que entrou: acompanhado por um advogado e em silêncio.
A FIFA foi abalada por um escândalo de corrupção em maio, a dois dias da reeleição de Blatter como presidente do organismo máximo do futebol mundial, num processo aberto pela justiça dos Estados Unidos e que levou à acusação de 14 dirigentes e ex-dirigentes.
No início de junho, Blatter apresentou a demissão, abrindo o caminho para novas eleições, que foram marcadas para 26 de fevereiro de 2016.
A 08 de outubro, Blatter, o secretário-geral da FIFA, o francês Jérôme Valcke, e Michel Platini, presidente da UEFA, foram suspensos provisoriamente por 90 dias pelo Comité de Ética da FIFA.
Na sexta-feira, o Comité de Ética deverá ouvir os advogados de Michel Platini, uma vez que o antigo internacional francês já fez saber que não estará presente.
Em comunicado, os advogados de Platini consideraram que o “veredito está tomado e já foi anunciado” e explicam que a ausência do presidente da UEFA “pretende demonstrar a sua profunda indignação relativamente a um processo que considera ser exclusivamente político e que visa impedir a sua apresentação como candidato à presidência da FIFA”.
Platini, candidato à presidência da FIFA e que está a cumprir uma suspensão provisória de 90 dias, arrisca-se a ser irradiado do futebol devido ao recebimento de um pagamento controverso no valor de 1,8 milhões de euros.