A Justiça suíça vai extraditar para o Uruguai Eugenio Figueredo, detido no âmbito da investigação ao escândalo de corrupção que atingiu a FIFA, e não para os Estados Unidos, anunciou hoje um juiz daquele país sul-americano.
“É oficial, as autoridades suíças aceitaram que Eugenio Figueredo seja extraditado para o Uruguai”, informou o juiz Juan Gomez, contrariando as informações avançadas pelo Ministério Federal da Justiça da Suíça no mês passado, segundo as quais o uruguaio seria extraditado para os Estados Unidos.
Gomez adiantou que as autoridades helvéticas dispõem até 30 de dezembro para procederem à extradição de Figueredo, de 83 anos, antigo presidente da Confederação Sul-americana de Futebol (CONMEBOL).
Figueredo foi um dos dirigentes da FIFA detidos a 27 de maio, em Zurique, na sequência da colaboração entre as instâncias judiciais suíças e norte-americanas, que acusa os responsáveis do organismo regulador do futebol mundial de terem aceitado subornos e comissões desde os anos 90, em troca de favores.
No mesmo dia em que efetuou as detenções, o Ministério Público suíço abriu uma investigação por alegados atos de corrupção nos processos de escolha dos países organizadores dos Mundiais de futebol de 2018, atribuído à Rússia, e 2022, ao Qatar.
Dois dias mais tarde, a 29 de maio, Blatter foi reeleito para um quinto mandato consecutivo à frente da FIFA, mas acabou por se demitir, na sequência do escândalo de corrupção que atingiu o organismo, tendo sido depois suspenso provisoriamente, enquanto decorre um inquérito interno.