Crónica: Belenenses, em inferioridade, segura Paços e garante empate

Tiago Caeiro fez o 1-0 para o Belenenses, aos cinco minutos, finalizando uma jogada de envolvimento coletivo, mas o Paços de Ferreira respondeu e deu ao volta ao resultado, com tentos de Bruno Moreira, aos 11, de grande penalidade, e de Andrezinho, aos 75, dois minutos antes de André Sousa, com um grande remate, fixar o resultado final.

Com este empate, o oitavo entre as duas equipas na Capital do Móvel para o principal escalão, os locais mantêm, à condição, o sexto lugar, agora com 22 pontos, enquanto o Belenenses foi relegado para 13.º, com 17.

No Paços de Ferreira, Marafona recuperou a titularidade na baliza, Ricardo e Hélder Lopes regressaram ao eixo e ao lado esquerdo da defesa, respetivamente, assim como Romeu no meio campo, por troca com Rafael Defendi, Fábio Cardoso, João Góis e Pelé.

Julio Velásquez, por sua vez, repetiu apenas dois jogadores do Belenenses relativamente ao compromisso para a Taça da Liga, recaindo a opção no defesa Filipe Ferreira e no médio Filipe Ferreira.

O jogo mostrou duas equipas comprometidas com a vontade de ganhar, de um lado um Belenenses atrevido e muito solidário, após a expulsão de Carlos Martins, com vermelho direto, por entrada dura sobre Marco Baixinho, e do outro um Paços mais dominante e com melhores oportunidades, mas sem conseguir explorar a superioridade numérica desde os 52 minutos.

Tiago Caeiro marcou no primeiro ataque dos ?azuis' do Restelo, num lance que seria a imagem da equipa na primeira parte, com Carlos Martins a combinar com Filipe Ferreira e o centro do defesa esquerdo a ser desviado, na pequena área, por Tiago Caeiro, em antecipação.

A resposta dos locais não tardou e Bruno Moreira, aos 11, após combinação com Andrezinho e Jota, foi tocado na área por Ricardo Dias e, na transformação da respetiva grande penalidade, restabeleceu a igualdade, somando o seu oitavo golo na prova.

Os locais ganharam ascendente no jogo e podiam ter voltado a marcar, por Hélder Lopes, um dos melhores em campo, e Bruno Moreira, aos 21 e 29 minutos, respetivamente, após lances desenhados na esquerda do ataque, o corredor preferencial das duas equipas em todo o encontro.

Antes do intervalo, os pacenses ficaram a reclamar novo castigo máximo, ficando a ideia de que Hélder Lopes terá sido mesmo carregado por João Afonso, mas Vasco Santos nada assinalou.

A vocação ofensiva das duas equipas, assente num futebol rápido e objetivo, manteve-se no segundo tempo, com Carlos Martins a assustar aos 48 minutos, num livre indireto na área pacense, após atraso inadvertido de Baixinho para Marafona, minutos antes de entrar com tudo sobre o defesa pacense e ver o respetivo vermelho.

O mérito do empate do Belenenses ganha forma a partir daqui, com as alterações efetuadas por Velásquez, reforçando a zona intermediária, mas sem perder a noção de ataque, face a um Paços dominador, sim, mas com dificuldades de jogar entre linhas e de encostar logo o adversário para a sua área, o que só aconteceria nos instantes finais.

A felicidade, com muito antijogo à mistura, também esteve do lado da formação do Restelo, ao lograr o empate dois minutos após Andrezinho, outra grande exibição, ter colocado os pacenses, aos 75, pela primeira vez na frente do resultado, com um remate colocado a passe de Jota, através de um grande remate de André Sousa, de primeira, na sequência de um canto.

Já perto do final do jogo, Ventura negou o golo a Diogo Jota, com uma grande defesa, num lance em que Edson Farias se antecipou a Gonçalo Silva e serviu o ?menino de ouro' dos pacenses.