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A mês e meio da eleição do novo presidente da FIFA, a 26 de fevereiro, continuam a ‘rolar cabeças’ nos órgãos gerentes do organismo, desta feita foi a do secretário-geral Jérôme Valcke, demitido hoje com efeitos imediatos.
Braço direito, desde 2007, do suíço Joseph Blatter, presidente da FIFA suspenso de toda a atividade relacionada com o futebol, e número dois da hierarquia da FIFA, Jérôme Valcke foi afastado devido a um alegado envolvimento na venda de bilhetes no ‘mercado negro’.
Valcke, de 55 anos e que estava suspenso desde 08 de outubro, foi acusado de estar implicado num processo de revenda de bilhetes para o Mundial2014 no ‘mercado negro’, envolvendo um alegado suborno de Benny Alon (JB Sports Marketing).
A demissão do secretário-geral foi hoje anunciada pela FIFA, depois do Comité de Emergência ter aberto na quinta-feira um processo formal contra o dirigente francês e um dia depois de lhe ter prolongado por mais 45 dias a suspensão.
“Valcke está orgulhoso de tudo o que fez ao longo do seu mandato de secretário-geral e durante o qual foram concretizadas as mais bem sucedidas edições da história dos Mundiais, na África do Sul e no Brasil”, referiu o seu advogado Barry Berke.
Ainda de acordo com o comunicado divulgado por Barry Berke, Jérôme Valcke “está confiante” e acredita que “o futuro lhe dará razão” e “reconhecerá o seu contributo para a história do futebol”.
Em menos de um mês, o futebol mundial viu serem afastados os seus principais dirigentes em processos ligados a corrupção, nomeadamente o suíço Joseph Blatter (presidente da FIFA) e o francês Michel Platini (presidente da UEFA).
Joseph Blatter, de 79 anos, e Michel Platini, de 60, foram suspensos por oito anos de qualquer atividade relacionada com o futebol, devido a um pagamento controverso de 1,8 milhões de euros do presidente da FIFA ao da UEFA.
Michel Platini recuou, entretanto, na sua candidatura às eleições para a presidência da FIFA, marcadas para 26 de fevereiro, em Zurique, que serão disputadas por cinco concorrentes.
O ex-membro da FIFA Jérôme Champagne, o secretário-geral da UEFA Gianni Infantino, o empresário sul-africano Tokyo Sexwale, o príncipe jordano Ali e o presidente da Confederação Asiática, Sheikh Salman Bin Ebrahim Al Khalifa, são os candidatos a suceder a Joseph Blatter.
Jérôme Valcke, antigo jornalista do Canal+, integrou a FIFA em junho de 2003, com funções relacionadas com o ‘marketing’ do organismo, mas o presidente Joseph Blatter, em 2007, promoveu-o a número dois da hierarquia e seu braço direito.
