Declarações dos treinadores do Marítimo e do União da Madeira, após o dérbi local da 18.ª jornada da Primeira Liga, que os unionistas venceram por 1-0.
Ivo Vieira (Treinador do Marítimo): "O Marítimo é castigado em demasia pelos adversários, que aproveitam o jogo para a ‘piscina', acompanhados pelos árbitros, que tomam as decisões. O Marítimo não é uma equipa assim tão agressiva. Há uma mensagem muito mal passada em relação à situação disciplinar.
As pessoas têm de respeitar esta instituição. Já é altura de dizer: Basta! No início do campeonato, fomos muito castigados por esta mensagem, passada de forma errada.
Ao ficarmos reduzidos a dez jogadores muito cedo, condicionou o jogo. Tentámos, mesmo assim, chegar à baliza do União, empatar o jogo e os jogadores trabalharam mas não conseguimos.
Temos de ser inteligentes, ponderados e maduros mas não há quem resista porque os jogadores também sentem, eles são humanos. Nós sentimos aquilo que nos fazem e, como estas situações têm sido de forma evidente e repetitiva, os jogadores ficam insatisfeitos e reclamam com a razão do seu lado e são interpretados de forma contrária.
(Possível saída de Marega) Sei que perdi três jogadores para o próximo jogo. Não sei se vou perder o Marega. Essa é uma questão que vocês têm de colocar ao nosso responsável máximo. Não cabe a mim opinar sobre isso. Poderá ser benéfico para o clube em termos de negócio. Se mantiver, vamos tentar rentabilizá-lo o máximo possível."
Luís Norton de Matos (Treinador do União da Madeira): "Nós tivemos ocasiões para resolver o jogo mais cedo. Se o tivéssemos feito, teria havido menos carga emocional nesta parte final do jogo. O Marítimo não é um clube inimigo, é um clube rival como são todos os outros. Com todo o respeito, viemos aqui lutar pela nossa vida, sabendo da importância que seria pontuar numa casa onde o União nunca tinha pontuado. Mas, sobretudo, dar passos para atingir aquilo que propus quando cheguei ao União, que é a manutenção.
Penso que sim [que é um triunfo especial], sobretudo para os adeptos que vivem essa rivalidade. Para mim, como treinador, não posso fugir porque também vivo aqui mas são três pontos muito úteis para a manutenção, não mais do que isso.
O Marítimo tem uma capacidade finalizadora muito interessante e, por isso, teríamos que reforçar o meio-campo e retirámos o ponta de lança porque sabemos que os centrais gostam de ter uma referência para marcar. O União demonstrou, com alguma estabilidade, que é capaz de jogar e de fazer perigo e reconheço que, depois da expulsão do jogador do Marítimo, ficámos mais tranquilos e tirámos proveito da vantagem. Marcámos e tivemos várias oportunidades que poderiam dar ainda mais tranquilidade."
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