Declarações no final do encontro União da Madeira - Nacional (3-0), relativas ao jogo da 19.ª jornada da Primeira Liga, disputado hoje no estádio do Centro Desportivo da Madeira, na Ribeira Brava.
Luís Norton de Matos (União da Madeira): "Preocupa-me é a classificação do União e fazer pontos para o objetivo que temos em mente desde o início. Coincidiu que tivéssemos feito agora dois jogos, que foram dérbis e que os ganhássemos. Estou feliz pelos jogadores e pelo clube, por essa rivalidade que existe.
Entrámos bem na segunda volta, fazendo seis pontos. Para conseguirmos esses pontos na primeira volta foram precisos cinco jogos. Vamos tentar chegar o mais rapidamente possível àquela pontuação que nos permita respirar e ter o objectivo cumprido, mas ainda falta bastante.
Acredito no principio da continuidade. Houve uma exigência muito grande com o União desde o início, não se percebendo que uma equipa que vem da II Liga e que fez, praticamente, um plantel todo novo, com muitos jogadores inexperientes, era normal que tivéssemos algumas dificuldades, na mecanização colectiva da equipa. Apesar de algumas carências, temos subido de produção.
Desde o primeiro jogo tivemos uma boa atitude e é essa atitude que nos vai dar pontos.
Neste jogo, o Nacional entrou com um 'pressing' muito grande sobre nós e tivemos dificuldades em sair daquele sufoco. Sofremos uma bola no poste e tivemos a 'estrelinha' nesse momento.
Quando conseguimos marcar, foi um tónico para a nossa confiança. O Nacional fez um belíssimo jogo e o segundo golo, do Toni, deu uma 'machadada' forte no Nacional, naquilo que estavam a produzir."
Manuel Machado (Nacional): "Hoje tivemos uma tremenda lição de eficácia. O Nacional criou muitas oportunidades e não marcou. O segundo golo foi de antologia e o terceiro acabou com o jogo. Mas o que parece fundamental é dar os parabéns ao União na base desses dois momentos, que traduziu uma eficácia ofensiva e defensiva, que contrariou todos os outros factores indicadores do jogo, mas de facto, os golos é que fazem a diferença.
Falta-nos uma pontinha de sorte e hoje isso também esteve aqui presente. O Nacional assumiu o jogo, num jogo com estados de espírito diferentes, numa e noutra equipa. O União está confortável naquele bloco de trinta metros e nas saídas rápidas para o ataque.
Já os tínhamos visto fazer o mesmo em jogos anteriores, quer com o Marítimo quer com o Benfica e o próprio Sporting. Está confortável e tem tido resultados positivos e tem níveis de confiança maiores e quando assim é, as coisas saem naturalmente.
Dois golos em sobras e um de antologia, num momento de grande espetáculo, numa finalização imparável. Esse estado de espírito também se traduz. Quando uma equipa entra num ciclo negativo, como é o nosso caso, de não vencer há muitos jogos, perdendo jogos nas pontas finais, as coisas começam a ficar de uma forma de que é difícil sair.
Temos todo um caminho percorrido, que nos deixa confortáveis, para enfrentar este desafio. Nestas fases o mais fácil é fugir, mas não é o caso. Já enfrentámos outros momentos de grande dificuldade e saímos por cima. Por isso, com trabalho e paciência, também sairemos deste."
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