O antigo capitão da seleção portuguesa de futebol Luís Figo assistiu hoje em Chengdu, sudoeste da China, ao terceiro torneio da academia chinesa da modalidade, batizado com o seu nome, a Winning League/Figo Football Academy.
Luis Figo chegou à capital da província de Sichuan depois de ter assinado na quarta-feira em Hohhot, norte da China um acordo de parceria estratégica com o clube local, o Nei Mongol Zhongyou F.C.
O português tornou-se presidente honorário daquele conjunto, que compete na segunda liga chinesa e cuja gestão ficará a cargo da Winning League.
Lançada em Pequim na primavera de 2014, sob a direção do técnico português Joaquim Preto, aquela academia está já implantada em 14 cidades da China.
No conjunto, tem quase 4.000 alunos, entre os quatro e os 13 anos, e emprega 60 treinadores portugueses, todos diplomados pela Federação Portuguesa de Futebol e pela UEFA.
A acelerada expansão da Winning League coincide com o crescente interesse do Governo chinês pelo futebol e o aumento do poder financeiro dos principais clubes locais.
Segundo um relatório da FIFA publicado há dias, em 2015, a Superliga chinesa foi o sexto maior mercado de transferências, superado apenas pelos principais campeonatos europeus.
No conjunto, os clubes chineses gastaram quase 155 milhões de euros em contratações, um aumento de 68% face a 2014 e que deverá ser batido este ano.
Na quarta-feira, o Jiangsu Suning oficializou a contratação do médio internacional brasileiro Ramires, ex Benfica, ao Chelsea, por um negócio que a imprensa britânica avalia em mais de 27 milhões de euros.
No mesmo dia, o Shanghai Greenland fechou a compra do ex-jogador do FC Porto Fredy Guarin, ao Inter de Milão, por 13 milhões.
Na Superliga chinesa compete ainda outra cara conhecida dos adeptos portugueses: o médio internacional Ruben Micael, que alinha no Shijiazhuang Everbrigh.
Apoiado pela liderança da China, o "sonho chinês" para o futebol passa por três etapas: qualificar-se para a fase final do Mundial, organizar um Mundial pela primeira vez e um dia vencê-lo, proeza nunca alcançada por um país asiático.
Esta semana, a multinacional chinesa Ledman anunciou que os dez melhores clubes da II liga portuguesa de futebol passarão a receber todos os anos um jogador chinês.
O custo daquele patrocínio é, por enquanto, um "segredo", disse em Pequim o presidente da firma, Martin Lee.