O FC Porto, terceiro classificado da I Liga de futebol, visita sexta-feira o Benfica na pior fase de uma época ‘madrasta’ para os ‘dragões’, nomeadamente após a sua primeira derrota no campeonato em casa e terceira na prova.
A equipa que conta com José Peseiro aos comandos há menos de um mês, por troca com o espanhol Julen Lopetegui, tem mostrado dificuldade em impor-se de forma consistente, estando agora a seis pontos dos líderes Benfica e Sporting.
Os portistas sofreram duas derrotas nos últimos quatro jogos do campeonato, no reduto do Vitória de Guimarães (por 1-0, com Rui Barros ainda como técnico interino), e na última ronda (1-2), com o Arouca como ‘carrasco’. O outro desaire acontecera à 15.ª ronda, em Alvalade (0-2).
Mas, não são só as três derrotas no campeonato que ‘pesam’ na cabeça e nas chuteiras dos ‘dragões’, pois nisto de confrontos entre ‘gigantes’ do campeonato há ‘calcanhares de aquiles’ que resultam de outras peripécias da época.
E, nesse aspeto, os portistas não têm a mesma força anímica, por contraponto, que o Benfica, que lidera a prova, ainda tem uma palavra a dizer nos oitavos de final da Liga dos Campeões e, ao contrário dos ‘azuis e brancos’, só não está capaz de disputar a Taça de Portugal.
Além da queda abrupta no campeonato, da despromoção quase inédita (com 10 pontos conquistados) para a Liga Europa e da despedida sem honra nem pontos da Taça da Liga (apesar de sempre menorizada pelo emblema), a verdade é que os portistas, em todas as provas, somam já oito derrotas, em pouco mais de meia temporada disputada.
Isto é, às três derrotas no campeonato (Sporting, Vitória de Guimarães e Arouca), há que juntar as perdas na Taça da liga (Feirense, Famalicão e Marítimo), assim como as duas vezes em que os portistas foram batidos na ‘Champions’ (Dínamo de Kiev e Chelsea).
José Peseiro terá, por isso, uma verdadeira prova de ‘fogo’ no próximo ‘clássico’, tendo em conta que pegou na equipa num momento crítico e ainda ‘viu’ piorarem as circunstâncias em termos de classificação, muito à custa desta última derrota caseira.
Com 41 golos marcados e 14 sofridos, a grande diferença entre ‘dragões’ e ‘aguias’ está, precisamente, na concretização (41 para 59 golos marcados do Benfica), já que ambos ‘encaixaram’ o mesmo número de tentos.
O ‘poder de fogo’ dos ‘azuis e brancos’ está centrado no camaronês Aboubakar (10 golos), o sucessor do colombiano Jackson Martínez, e no mexicano Corona (sete).
Os ‘dragões’ estão com claro défice de golos, tendo em conta os pontos perdidos na prova (nove pelas três derrotas e oito por quatro empates), mas não por falta de quem crie condições para serem marcados, pois tem brilhado no plantel o jogador com mais assistências no campeonato: o mexicano Miguel Layún, com 12 ‘ofertas’, além dos dois tentos com a sua assinatura.
As saídas do espanhol Tello, do italo-argentino Pablo Osvaldo e do francês Imbula, assim como as entradas do sul-coreano Suk, do maliano Marega e de José Sá não revelaram, ainda, qualquer vantagem ou desvantagem nos planos que Peseiro tem para a equipa.
Ajustes que, à partida, não revelam a entrada de nenhum potencial titular, embora comprovem que o FC Porto estava mais necessitado de reforço na linha avançada.
E até o principal objetivo, reafirmado pelo técnico que substituiu Lopetegui, parece agora bem mais longe, tendo em conta o distanciamento face ao líder, o que ficará muito mais ‘condenado’ em caso de derrota na Luz.
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