A Espanha reforçou a sua hegemonia continental, ao conquistar o sétimo título em 10 edições do Campeonato da Europa de futsal, com goleada 7-3 frente à Rússia, o resultado mais desnivelado em finais.
A equipa de José Venancio López, que tinha afastado Portugal nos quartos de final, foi bem mais consistente e astuta, cometendo menos erros do que os pupilos de Sergei Skorovich, em vários momentos com ingenuidade fatal a este nível, nomeadamente em termos defensivos.
Pressão alta, com roubo de bola e finalização, e aproveitamento do estaticismo contrário nas bolas paradas, ‘resolveram’ a final, até ao intervalo, a favor do conjunto ibérico, que liderava por 4-1.
Aos nove, na sequência de pontapé lateral, Alex, beneficiando de desatenção da defesa, inaugurou o marcador, que seria ampliado aos 16, numa recuperação de bola no ataque, que permitiu a Pola, na cara do guarda-redes, puxar a bola do pé esquerdo para o direito e atirar entre as pernas do guarda-redes Gustavo.
No minuto seguinte, novo pontapé lateral, para o lado contrário, e a surgir Rivillos a disparar de pé esquerdo, novamente entre as pernas do guarda-redes brasileiro que defende as cores da Rússia.
Foram dois minutos terríveis para o conjunto de leste, nos quais sofreu três golos, o último dos quais em novo roubo de bola ofensivo, concluído outra vez por Rivillos.
A Rússia, que estava desnorteada com a qualidade técnica e ritmo da Espanha, ainda reduziu a cinco segundos do intervalo, por Rómulo.
A pretensa reação russa, que procurava o segundo título, ruiu frente à técnica e atitude competitiva dos espanhóis, que, aproveitando também o maior risco adversário, com guarda-redes avançado, fizeram os golos suficientes para manter confortável vantagem, que nunca esteve em causa.
No jogo para encontrar o terceiro classificado, o Cazaquistão surpreendeu a Sérvia, adversária de Portugal no ‘play-off’ para o Mundial da Colômbia, com triunfo 5-2.