A marca desportiva norte-americana Nike anunciou hoje que colocou termo ao contrato promocional com o pugilista filipino Manny Pacquiao pelos comentários acerca dos homossexuais, que afirmou serem “pior que os animais”.
Em comunicado, a Nike qualificou o comentário de “abominável” e garantiu que se opõe “ferozmente à discriminação de qualquer tipo” e que a empresa tem “um longo historial de apoio e defesa da comunidade LGBT” (lésbicas, gays, bissexuais e transgénero).
“Deixámos de ter uma relação com Manny Pacquiao”, sentenciou a Nike, que colocou um ponto final a mais de oito anos em de promoção da marca pelo filipino.
Na passada segunda-feira, Pacquiao pronunciou-se contra os homossexuais numa entrevista concedida a um órgão de comunicação local, em que afirmou que os gays são “pior do que os animais”.
“Veem animais a ter relações homossexuais? Os animais são melhores, sabem distinguir o masculino do feminino”, disse, quando questionado sobre o que pensava do casamento entre pessoas do mesmo sexo.
“Se aprovamos [o sexo de] homens com homens e mulheres com mulheres, isso significa que o homem é pior que um animal”, afirmou.
As declarações desencadearam uma onda de indignação nas redes sociais, com inúmeras personalidades a criticarem a postura do pugilista.
Manny Pacquiao pediu desculpa mais tarde na sua conta no Facebook: “Peço perdão por ter causado danos às pessoas comparando os homossexuais a animais”, escreveu.
“Ainda sou contra o matrimónio entre pessoas do mesmo sexo pelo que diz a Bíblia, mas não estou a condenar os LGBT”, acrescentou.
O filipino, que conquistou a admiração dos seus compatriotas ao tornar-se um dos melhores pugilistas da história, é candidato ao senado das Filipinas nas eleições previstas para maio, devendo ‘pendurar as luvas’ antes dessa data.