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Crónica: Benfica vence em Paços de Ferreira e 'pressiona' adversários

O Benfica ascendeu provisoriamente à liderança da I Liga de futebol, pressionando os rivais diretos, ao vencer hoje no reduto do Paços de Ferreira por 3-1, num jogo da 23.ª jornada com decisões arbitrais polémicas.

Crónica: Benfica vence em Paços de Ferreira e 'pressiona' adversários
Futebol 365

Os bicampeões nacionais, que confirmaram o seu favoritismo no histórico de confrontos na Capital do Móvel para o principal escalão, ao somarem o 12.º triunfo em 18 encontros, fizeram o primeiro golo por Mitroglu, aos 13 minutos, mas só conseguiram desatar o jogo em cima do intervalo.

Jonas transformou em golo a grande penalidade, por pretensa falta de André Leal sobre si próprio, e devolveu a vantagem aos ‘encarnados', que seria ampliada pelo estreante a marcar Lindelöf, aos 57, depois do golo da noite, anotado por Diogo Jota, aos 23, após jogada individual.

Com este resultado, o Benfica passou a somar 55 pontos, igualando no primeiro lugar o Sporting, que recebe o Boavista no encerramento da jornada, na segunda-feira, cavando ainda um avanço de seis pontos para o FC Porto, terceiro e anfitrião do Moreirense no domingo.

O Paços de Ferreira caiu para o sétimo lugar, com os mesmos 31 pontos do Arouca, mas poderá ainda ser ultrapassado pelo Rio Ave e igualado pelo Belenenses.

O defesa Ricardo, castigado, e Carlos Ponck, cedido pelo Benfica e, consequentemente, impedido de defrontar a equipa com tem contrato, foram as últimas contrariedades para o técnico do Paços de Ferreira, que, pela mesmas razões do médio, também não pôde usar Fábio Cardoso e Pelé, numa lista de indisponíveis extensiva a seis elementos.

Comparativamente ao último jogo (1-1 em Vila do Conde), Jorge Simão prescindiu ainda de Fábio Martins, relegado para o banco, adaptando o lateral Bruno Santos a defesa central e devolvendo a titularidade a Manuel José, no meio campo, e a Edson Farias, no ataque.

No Benfica, Gaitán, com um traumatismo na perna esquerda, cedeu o lugar a Carcela, a única novidade no ‘onze' relativamente ao compromisso europeu de terça-feira, para os oitavos de final da Liga dos Campeões (1-0 na receção ao Zenit), promovida pelo técnico Rui Vitória, que regressou à ‘Capital do Móvel', juntamente com Pizzi.

O Benfica teve mais posse de bola na primeira parte, mas quase sempre inconsequente, em resultado de um ritmo demasiado lento e previsível, facilitando a tarefa defensiva dos locais, que procuraram responder sempre em transições rápidas, capitalizando a velocidade de Edson Farias, na direita, e Diogo Jota, na esquerda.

No banco, Rui Vitória pedia insistentemente mais velocidade aos seus jogadores e Carcela, aos 13 minutos, pareceu ouvir o técnico e arrancou da esquerda, em diagonal para o meio, adiantou em Jonas, de quem recebeu a bola de calcanhar, mas o remate falhado do marroquino funcionou como assistência para Mitroglu bater Defendi.

Animado por este golo, Renato Sanches, aos 22 minutos, testou o guarda-redes brasileiro do Paços, com um remate após canto da esquerda, antecipando o empate e o golo da noite, anotado pelo ‘míudo' Diogo Jota, aos 23.

Aproveitando alguma dificuldade na recuperação do Benfica à perda da bola, o Paços saiu em velocidade e num arranque desde o meio campo contrário, Jota passou por dois adversários e, no corredor central, sem oposição dos centrais, demasiado abertos, encheu o pé e, num misto de jeito e força, bateu Júlio César de fora da área.

Esta transição em velocidade foi repetida aos 28 minutos, numa jogada coletiva envolvendo Edson Farias, Manuel José, Jota e Bruno Moreira, que acabou por cair na área, numa bola dividida com Samaris, mas Jorge Ferreira considerou apenas simulação do avançado pacense, a quem mostrou cartão amarelo.

O árbitro de Braga não hesitou a apitar uma alegada falta de André Leal sobre Jonas, um dos melhores em campo, na área pacense, aos 45+1 minutos, em mais um lance duvidoso, que o brasileiro aproveitou para converter em golo, reforçando o estatuto de goleador máximo da I Liga, agora com 24 tentos, depois de lances de Carcela e Lindelöf.

Jonas, que procurou sempre funcionar de ligação ao ataque, ora segurando a bola, ora fazendo-a girar para as entradas dos colegas, especialmente de Carcela, dos poucos e a espaço a jogar em velocidade, voltou a cair na área do Paços no arranque da segunda parte, oito minutos antes de o Benfica marcar o terceiro e arrumar a discussão do resultado.

Num livre da direita, Pizzi centrou para a área e Jardel, de central para central, amorteceu para o defesa sueco se estrear a marcar na Liga, num remate frontal e sem oposição.

A partir daqui e, apesar de o Paços, nunca ter desistido de procurar o golo, o Benfica teve mais espaço e conseguiu gerir o resultado, num final que Rui Vitória aproveitou para dar mais minutos a Salvio e Nélson Semedo.

Praticamente no fim, aconteceu um momento caricato, com a invasão do relvado por um adepto do Benfica, situação que teria repetição já depois do apito final do jogo.

Programa da jornada

Sexta-feira, 19 de Fevereiro de 2016
U. Madeira - Estoril, 1 - 1

Sábado, 20 de Fevereiro de 2016
Paços Ferreira - Benfica, 1 - 3
Académica - Rio Ave, 0 - 2

Domingo, 21 de Fevereiro de 2016
Belenenses - Arouca, 0 - 2
V. Setúbal - Nacional, 1 - 1
Tondela - Marítimo, 3 - 4
FC Porto - Moreirense, 3 - 2
Sp. Braga - V. Guimarães, 3 - 3

Segunda-feira, 22 de Fevereiro de 2016
Sporting - Boavista, 2 - 0

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