Crónica: 'Clássico' minhoto frenético termina com empate a três

O médio ofensivo brasileiro emprestado pelo FC Porto esteve ‘endiabrado' e, além do golo que marcou, de grande penalidade, por falta cometida sobre si, ainda teve duas jogadas brilhantes das quais resultaram os dois primeiros golos dos vimaranenses.

Ainda não foi desta que o Vitória se estreou a ganhar na ‘Pedreira', mas foram os vitorianos, que não perdem fora desde a sétima jornada (outubro do ano passado), que estiveram mais perto disso.

O Sporting de Braga, que jogou com menos um jogador desde os 58 minutos, por expulsão de André Pinto no lance do penálti, acabou por ressentir-se das muitas alterações no ‘onze' (oito em relação ao jogo da Liga Europa) e, apesar de ter estado a ganhar por 2-0 e 3-2, não conseguiu segurar as vantagens.

A equipa da casa inaugurou cedo o marcador, aos seis minutos: primeiro remate de Baiano para defesa apertada de Miguel Silva, a bola chegou a Josué, que, de primeira, descobriu solto na área Pedro Santos e este rematou de primeira.

O Vitória sentia dificuldades nas duas alas e o Braga dilatou o marcador num lance com algumas semelhanças com o primeiro golo: Josué, na direita, a assistir de forma perfeita e Rui Fonte, de cabeça, a não perdoar (19 minutos).

Dois minutos depois, os vitorianos responderam, tendo mesmo Bouba Saré introduzido a bola dentro da baliza (o médio ‘marcou' três, todos eles bem invalidados), mas a equipa de arbitragem já tinha assinalado fora de jogo a Pedro Henrique, que tinha assistido o médio vitoriano.

Mas, aos 29 minutos, o Vitória reduziu mesmo, por Licá, que, com o pé esquerdo, deu a melhor sequência a uma excelente jogada individual de Otávio pela direita.

O Braga denotava dificuldades na ligação do seu jogo ofensivo, o Vitória tomou conta da partida e empataria aos 42 minutos com um grande golo de cabeça de Henrique Dourado, após novo grande trabalho pela direita de Otávio: o brasileiro encarou Pedro Santos e Marcelo Goiano quase em forma de desafio, ultrapassou-os e cruzou com conta, peso e medida para o compatriota.

A equipa de Guimarães acabou a primeira parte por cima e Otávio ainda obrigou Marafona a defesa difícil na cobrança de um livre direto (45+1 minutos).

A abrir a segunda parte, o Vitória esteve perto do terceiro golo, mas Marafona defendeu bem o remate à meia volta de Ricardo Valente (47 minutos).

Sem as suas principais figuras, o Braga foi menos forte, mas chegaria novamente à vantagem, aos 56 minutos, por Hassan, que aproveitou um remate de Pedro Santos, que encontrou Josué pelo caminho, para encostar para o terceiro golo dos ‘arsenalistas'.

Jogo frenético em Braga e, no minuto seguinte, Otávio ‘cavou’ o segundo amarelo a André Pinto e uma grande penalidade, que o próprio converteu, aos 59 minutos.

O Vitória não aproveitou a superioridade numérica e apesar do reforço atacante de Sérgio Conceição, só por mais duas vezes a sua equipa criou perigo, por Josué, de calcanhar, que obrigou Marafona a enorme defesa (80), e por Francis (86).