Declarações no final do encontro Sporting de Braga-Vitória de Guimarães (3-3), da 23.ª jornada da Primeira Liga, realizado no domingo.
Paulo Fonseca (treinador do Sporting de Braga): "Quem gosta de vir ao estádio, está satisfeito pelo espetáculo. Três golos para cada lado. No fundo, é isso que as pessoas gostam.
Eu não gostei tanto, sinceramente, porque não gosto de sofrer golos, muito menos três, porque estivemos sempre em vantagem e poderíamos ter gerido de outra forma (o jogo), principalmente quando estávamos com dois golos de vantagem. E também não gostei da decisão do árbitro de expulsar o André Pinto, num penálti que não existe.
Houve um jogo até ao momento do penálti e outro depois. Mesmo assim, controlámos sempre bem a partida. O Vitória teve sempre muita dificuldade em contrariar a nossa primeira fase de construção, mas, com menos um, era muito difícil sair para o ataque, o Vitória também mete mais jogadores na sua linha defensiva e depois não surgiram oportunidades que justificassem outro resultado que não o empate.
Não faço poupanças, isso é nos bancos. Estamos envolvidos em muitas competições e já se deviam começar a habituar que isto é perfeitamente normal no Sporting de Braga e a equipa não se ressente dessas mudanças como hoje foi perfeitamente notório.
Acho que os jogadores não baixaram os braços, houve uma reação de uma equipa como o Vitória depois do 2-0. Tivemos o demérito de, em dois lances, termos sido ultrapassados daquela forma, mas mais nada o Vitória criou, foram dois lances de um grande jogador, o Otávio.
Só posso estar orgulhoso do grupo que tenho e do seu trabalho de hoje, porque não é fácil gerir tantas competições, não há tempo para preparar os jogos. Chegámos da Suíça sexta-feira à tarde, treinámos sábado sem intensidade, os jogadores ainda em fadiga. Gostava de ter mais tempo, mas estou feliz por não ter”.
Sérgio Conceição (treinador do Vitória de Guimarães): “Não entrámos bem no jogo. Nas duas vezes que o Braga vai à baliza, faz dois golos. A partir dos 20 minutos, começámos a meter no jogo aquilo que tínhamos planeado em termos estratégicos e, a partir desse momento, fomos superiores em todo o jogo, com mais bola, mais ataques, mais ocasiões de golo.
Estou muito orgulhoso. Para quem vinha defrontar o grande Braga, para quem vinha defrontar a equipa que é, merecidamente, elogiada por toda a gente. Estou muito satisfeito com o balneário, com os campeões que tenho.
Estou triste pelo resultado, porque merecíamos a vitória. Acho que é injusto. Algumas situações que se passaram no jogo também foram injustas para a nossa equipa. E, dessa forma, saímos muito insatisfeitos com o resultado. Mas, é o oitavo jogo sem perder do Vitória.
Queria realçar o comportamento, o espírito, a ambição que a equipa teve. Fizemos um grande jogo. Fomos superiores ao Braga.
Tive a oportunidade de ouvir a ‘flash interview' do treinador adversário. Ele diz que há um pénalti que não existe. Ainda não vi o lance. Se formos pegar na arbitragem, também se poderia falar no golo anulado e na expulsão que deveria ter acontecido.
(Sobre a prestação de Otávio, que treinou condicionado durante a semana) O Otávio, o Licá e o Ricardo Valente fizeram o último e o penúltimo treino. O Otávio e o Licá estiveram sempre presentes naquilo que era a sessão de treino, para saberem o que estávamos a preparar. Não gosto de individualizar. O Otávio é um jogador que faz parte de uma equipa jovem, com um espírito fantástico.
Às vezes, jogar contra 10 é pior. Jogámos contra o Braga, uma equipa difícil. Poderíamos ganhar o jogo, mas de forma sempre equilibrada. Fizemos sempre tudo, dentro das nossas opções. A resposta de quem entrou foi boa. A jogar em Braga, fazer três golos não está ao alcance de qualquer equipa. A 10, o Braga baixou o seu bloco e nós poderíamos ter circulado melhor a bola. Mas, já tínhamos feito 50 minutos muito bons, porque os primeiros 20 não foram o que eu esperava.
(Sobre os três golos anulados a Bouba Saré) Não vi ainda os lances. Não tenho informação. Isso é a prova de que tivemos muitas situações no último terço. Não foi só depois da expulsão.
(Sobre o regresso a Braga) Senti zero. Senti um orgulho enorme nos nossos adeptos. São verdadeiramente genuínos e apaixonados. Uma palavra de agradecimento para os muitos que nos acompanharam hoje aqui e aos outros que não puderam vir. Sei que sentem um orgulho enorme na equipa. São muito próximos da equipa, tal como os dirigentes, que são gente humanamente muito boa”.
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