Primeira Liga: Boavista – Rio Ave (declarações)

Pedro Martins (treinador do Rio Ave): "Foi um jogo muito equilibrado na primeira parte. Acabámos por ser eficazes na única vez que fomos à baliza do Boavista.

Na segunda parte, aconteceu a expulsão e o golo (do Boavista) e a equipa teve uma coragem, uma determinação e uma alma tremendas para ir ao encontro de uma vitória importantíssima.

Sem tirar mérito ao Boavista, porque tem uma equipa excelente e bem orientada e é tradicionalmente difícil jogar no Bessa, tivemos capacidade de sofrimento e de ferir nos momentos certos o adversário. Foi uma vitória do grupo, da sua qualidade, da sua alma.

Só vem demonstrar que este plantel é composto por todos. Feliz é o treinador que tem este grupo de trabalho. Estou muito orgulhoso disso. Foi uma boa resposta, uma boa imagem e um sinal claro de que estamos prontos para quarta-feira (dia da segunda mão da meia-final da Taça de Portugal com o Braga).

Alguns dos que jogaram hoje podem jogar com o Braga. Dão-nos garantias. Ambicionamos estar no Jamor (na final) e queremos ter o nosso estádio cheio e um bom árbitro, que dê garantias de um bom espetáculo. O resultado foi negativo na primeira mão, mas, se o critério da arbitragem fosse o mesmo, provavelmente estaríamos com um empate. Mas, diante do nosso público, temos a convicção de que poderemos estar no Jamor. É esse o nosso sonho.

(Sobre o golo de Hélder Postiga). Fiquei contente, porque permitiu que o Rio Ave conquistasse três pontos."

Erwin Sanchez (treinador do Boavista): "Duas ocasiões, dois golos e foi isso. Trabalhámos muito e, em alguns momentos, bem. Hoje, foi um daqueles jogos em que o futebol é ingrato, tendo em conta o que jogámos e as ocasiões que tivemos, mas o futebol é assim. Nem sempre aquele que tenta jogar melhor é o que ganha.

O Rio Ave é uma equipa bem estruturada e defensivamente compacta. Chegaram duas vezes à nossa baliza e fizeram dois golos e nós tivemos, principalmente na segunda parte, algumas boas chegadas, mas a eficácia que nos tem faltado há alguns jogos manifestou-se novamente. Num erro fatal sofremos o segundo golo.

Tenho dito a mesma coisa desde o jogo com a Académica (0-0). Falta-nos finalizar as jogadas (de perigo) que temos e o jogo é tão simples quanto isso: se não houver eficácia sofre-se um golo e muitas vezes, como hoje, em que sofremos dois, acabamos por perder o jogo. Tivemos esse azar numa situação em que toda a gente estaria mais à espera do golo do Boavista do que do Rio Ave."