A China vai contratar mais 120 técnicos de futebol estrangeiros para treinar jogadores jovens e dar formação aos profissionais locais, numa iniciativa financiada diretamente pelo Governo, avançou hoje a Associação Chinesa de Futebol (ACF).
"Ao aliar experiências avançadas de fora com métodos chineses, podemos produzir um esquema de treino adaptado aos atletas chineses", afirmou o vice-presidente da ACF, Wang Dengfeng.
Segundo a mesma fonte, 146 treinadores da formação estrangeiros trabalham já em escolas da modalidade espalhadas por todo o país.
Em 2014, a China anunciou um "plano de reforma global do futebol", que determina, entre outras medidas, a inclusão da modalidade como componente obrigatória da disciplina de Educação Física em 50 mil escolas primárias e secundárias.
Apesar de o país figurar em 93.º no 'ranking' da FIFA, o Presidente chinês, Xi Jinping, apontou como metas nacionais a qualificação para a fase final de um Mundial, organizar um Mundial e um dia vencê-lo.
O país asiático surgiu como o principal mercado de transferências do futebol durante a janela de inverno, com os clubes chineses a investir 317 milhões de euros na contratação de jogadores estrangeiros.
"Os gastos astronómicos nas ligas profissionais têm atraído a atenção do público, mas o investimento mais urgente deve ser na melhoria das instalações e no treino de jovens talentos", alertou ao China Daily um técnico chinês, Jin Zhiyang.
A "revolução" do futebol na China tem atraído também figuras e entidades portuguesas.
Lançada em Pequim na primavera de 2014, a Academia Luís Figo está já implantada em 14 cidades chinesas e emprega 60 treinadores portugueses.
Entretanto, o Benfica abriu no ano passado a sua primeira academia de futebol no país e o Sporting anunciou a construção de outras 20 até 2018.