O relatório da empresa que investigou a atribuição do Mundial2006 à Alemanha, encomendado pela Federação Alemã de Futebol (DFB) e apresentado hoje, conclui que não existe qualquer prova concreta de ‘compra’ de votos no processo.
“Não encontrámos nenhuma prova de 'compra' de votos, embora não possamos excluir essa hipótese”, disse Christian Duve, representante do gabinete de advogados que elaborou o relatório.
Duve acrescentou que foi detetada “uma eventual mudança de comportamento na votação, que poderá implicar representantes asiáticos do comité executivo da FIFA”.
No início de fevereiro, a DFB reclamou 6,7 milhões de euros a Fedor Radmann, antigo vice-presidente do organismo e um dos responsáveis do Comité Organizador do Mundial2006.
A DFB alega que essa verba foi transferida em 2000 pelo Comité Organizador para a FIFA e que nunca foi “devidamente justificada” nas contas do organismo.
Tanto Franz Beckenbauer, presidente do Comité Organizador, como Wolfgang Niersbach, antigo líder da Federação e que se demitiu após o escândalo vindo a público em outubro, negaram qualquer envolvimento na transferência dessa verba.