O Paços de Ferreira somou hoje o décimo jogo consecutivo sem vencer, ao empatar 2-2 na receção ao Marítimo, após desperdiçar dois golos de vantagem, no arranque da 25.ª jornada da I Liga de futebol.
Diogo Jota ‘bisou’ no encontro, aos 50 e 54 minutos, no segundo remate com grande frieza e recorte técnico, e deu vantagem aos locais, mas o Marítimo reentrou no jogo por João Diogo, aos 57, e acabou por chegar ao empate pelo suplente Dyego Sousa, aos 70, num jogo que valeu pela segunda parte e acabou com lenços brancos para Jorge Simão.
Com este empate, o quarto na segunda volta, associado a quatro derrotas, não contando com os jogos da Taça da Liga, os pacenses seguraram o oitavo lugar, agora com 32 pontos, mas ficaram à mercê do Estoril-Praia, enquanto o Marítimo, na melhor sequência da época, com duas vitórias e esta igualdade, isolou-se provisoriamente no 10.º posto, com 29.
A primeira parte foi algo desinteressante, em que as defesas se sobrepuseram aos ataques, num jogo repartido, com os pacenses novamente previsíveis, insistindo pelos corredores, mas denotando falta de transportadores e jogo interior, e uma formação insular apostada num jogo mais trabalhado e diversificado.
Para contrariar esta tendência, Bruno Moreira e Diogo Jota recuaram várias vezes no terreno para serem alternativa a André Leal, o único que tentava fazer a ligação ao ataque, mas o primeiro remate, e por cima, surgiu tarde, aos 25 minutos, pelo melhor goleador pacense, imitando o que antes fizera Fransérgio para os insulares.
Com as equipas encaixadas, a exceção à monotonia surgiu aos 28 minutos, mas valeu ao Paços que Éber Bessa recebeu mal a bola de Patrick, deixando-a para trás o tempo suficiente para permitir a recuperação e corte de Ricardo.
O Paços respondeu por Fábio Martins e Diogo Jota, nos últimos minutos, mas Salin redimiu-se no segundo remate à desatenção revelada no primeiro momento.
Os sinais de melhoria no jogo dos locais ganharam expressão no segundo tempo e, no espaço de quatro minutos, aos 50 e 54, Diogo Jota materializou em golo dois lances de ataque: no primeiro, aproveitou um passe de André Leal, aguentou a carga e, já na área, rematou à saída de Salin, que reencontrou no segundo, após trabalho individual e dois outros adversários fora do lance.
O Paços parecia ter encontrado o caminho para furar o esquema defensivo do Marítimo, mas uma desatenção defensiva, após livre da direita, permitiu que João Diogo encarasse Rafael Defendi e reduzisse a diferença, recolocando os insulares na disputa do jogo.
As substituições operadas por Nelo Vingada acentuaram esta ideia, com Alex Soares a dar consistência ao meio campo, Gevaro a fechar o corredor esquerdo e a lançar ataques, e Dyego Sousa a confirmar os dotes de goleador.
O avançado brasileiro saltou mais alto do que todos aos 70 minutos e restabeleceu a igualdade, após uma primeira ameaça de Gevaro, num lance em que a defesa pacense pareceu ter ficado aquém do que podia fazer.
Com o jogo partido, por responsabilidade do Marítimo, que apostava mais nos lances diretos, e do Paços, a procurar reagir à dupla adversidade, o perigo voltaria a rondar a baliza de Salin, pelo inevitável Diogo Jota, aos 80 minutos, que optou pelo remate quando um toque para o lado isolava Hélder Lopes.
Edson Farias ajudou a empurrar o Marítimo para a sua área, mas o resultado não voltou a sofrer alterações e, no final, os adeptos pacenses exibiram lenços brancos a Jorge Simão.
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