Primeira Liga: Paços de Ferreira – Marítimo (declarações)

Nelo Vingada (treinador do Marítimo): "Foi um jogo difícil para as duas equipas pelo frio, pela chuva e pelo vento. A primeira parte foi jogada sem grande emoção, tirando um lance ou outro. Foram 45 minutos difíceis de passar, face à ausência de perigo nas balizas.

A segunda parte começou com dois golos do Paços, sem terem feito nada que justificasse a vantagem conseguida tão rapidamente.

Reagimos, concretizámos e repôs-se justiça, num jogo que valeu mais pelos golos.

O Marítimo atravessa uma onda positiva e a forma como chegou ao empate demonstra o carater da equipa, mas podemos produzir mais e melhor, porque temos capacidade para isso.

Foi um ponto saboroso na casa de um adversário complicado, valorizado (ainda) porque estávamos a perder. Este empate permite continuar a tentar chegar à tranquilidade matematicamente, que ainda não foi conseguida, para abordar a parte final do campeonato de uma maneira mais confortável."

Jorge Simão (treinador do Paços de Ferreira): "Fiquei globalmente satisfeito com a exibição da equipa e (deixo) um elogio aos jogadores, porque tiveram um bom desempenho.

Chegámos aos golos e, sem o prever, o Marítimo marcou dois golos. Não estou frustrado, mas é verdade que ninguém esperava este resultado, porque é demasiado penalizador. Acho importante dizer que o Paços tem feito o seu campeonato e já atingiu a permanência, que era a seu objetivo.

Tive a sensação que o jogo estava a ficar partido, talvez devido a alguma ansiedade que alguns jogadores pudessem estar a acusar. A ideia seria mexer no meio campo, que era onde estava a haver mais espaços. Depois acertou-se o posicionamento com o Marco Baixinho e o Pelé, a coisa acalmou e optei por (não fazer entrar o Carlos Ponck) levar assim até ao fim.

O público tem legitimidade para o fazer [exibir lenços brancos]. Compreendo a situação e respeitamos a opinião dos adeptos. Quem está nesta vida sabe que estas coisas podem acontecer.

Mas, volto a dizer, não podemos deixar de dizer que são dois pontos perdidos. O Paços esteve melhor, criou mais situações de golo e mais vontade de construir o resultado, mas depois de termos conquistado uma vantagem de dois golos, o Marítimo fez dois golos de bolas paradas. Somámos um ponto e estabilizámos a equipa no oitavo lugar".